quarta-feira, 14 de julho de 2010

A imagem rubro-negra


O Flamengo está se preocupando com sua imagem. Após os acontecimentos com o goleiro Bruno, a presidente Patrícia Amorim tratou logo de se mexer e determinou que os futuros reforços só assinarão contrato com cláusula protegendo a instituição, com rescisão e até direito a perdas e danos de imagem. Inclusive, a medida já passou a valer nos contratos dos novos reforços, o atacante Colombiano Cristian Borja e o goleiro Vinícius.

Além dessa medida, outro ponto que dá indícios de repúdia à atos que manchem a imagem do clube está no desabafo de Zico, de que não vai mais admitir falta de profissionalismo no Flamengo.

É louvável essa tentativa, mas que não seja isolada. Para que haja respeito ao clube e, principalmente compromisso por parte dos jogadores, várias medidas de ordem administrativas devem ser tomadas. Antes de qualquer coisa, é necessário ligar o “escudo anti-crise”. O Flamengo, mais do que qualquer outro clube, tem uma capacidade impressionante de provocar crises. A pressão é grande, a visibilidade e a mira da imprensa está sempre apontada, esperando qualquer deslize.

Salários atrasados, declarações infelizes, torcedores invadindo treinamento, jogador se atrasando e faltando a treinos. Estes são alguns fatos mais comuns que acontece no dia a dia do clube. Mas com ação da administração essa realidade pode mudar e a melhoria da imagem do clube pode acontecer, como recém pretendem seus os diretores.

Por outro lado, fica ai a dúvida de até onde vai essa busca pela boa imagem da instituição. Porque eles se atentaram pra esse problema e se manifestaram só após o ocorrido com seu ex-goleiro. E os constantes casos ao longo dos anos que pipocam na imprensa quase que a cada semana? Será que não foram suficientes para um despertar da diretoria e uma tomada de atitude? A noção de que é melhor prevenir que remediar parece não fazer parte da cartilha rubro-negra.

A dúvida quanto aos rumos de uma nova mentalidade fica até que se tomem medidas realmente efetivas e que dêem conta de todo o problema. Mas a esperança do torcedor está renovada, com a chegada do seu eterno ídolo Zico, que chega com discurso renovador e que, ao que parece, tem refletido nas atitudes tomadas pela presidente rubro-negra.

Por Danniel Santos Olímpio

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O fim de um incômodo


A Copa do Mundo 2010 acabou. A Espanha fez jus ao título de favorita (uma das) e conseguiu conquistar sua primeira Copa em sua primeira decisão. Decisão esta que teve uma marca negativa: a final mais violenta da história.

A falta de técnica voltou a ser notável e presente em um bom tempo do jogo. A Espanha, porém, por ter um time de mais toque de bola e de possuir um estilo de jogo ofensivo, mostrou mais interesse em ir ao ataque.

Como em diversos jogos na Copa, o que se viu foi marcação forte de ambos os lados. A preocupação de não sair atrás no placar foi mais forte que a vontade de fazer um gol. E a Holanda além de jogar numa retranca, explorando os contra-ataques, parou o jogo com muitas faltas. E em sua grande maioria, faltas desleais e bastantes violentas.

E como deu pra perceber durante a Copa, vários jogos acontecem durante um jogo. Dificilmente uma seleção conseguiu manter o mesmo ritmo de jogo em campo durante uma partida. Na partida final, porém, se viu um jogo amarrado durante todo o tempo. Mas a técnica espanhola se sobressaiu em alguns momentos, criando boas chances de gol, desperdiçadas.

Mas a justiça foi feita e a Espanha acabou marcando na prorrogação e deixando claro o merecimento da "Fúria" em conquistar a Copa do mundo 2010. Foi a vitória do time premiado pela FIFA como o time "Flair play", por seu jogo limpo durante a competição. Fato explicado pela característica de toque de bola e pelos jogadores técnicos e habilidosos.

A Holanda, apesar de possuir experientes e bons jogadores, buscou na defensividade a arma pra surpreender seus adversários, através dos contra-ataques. Mas por se abster de jogar de igual pra igual, mesmo tendo time pra isso, acabou sucumbindo na falta de vontade de jogar pra frente. Perdeu mais uma final.

Por Rudney Guimarães

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Está acabando

A Copa do Mundo 2010 vai chegando ao fim. Nesses quase trinta dias de jogos, várias surpresas ocorreram, com grandes seleções sendo eliminadas precocemente da competição. Uma delas, pra tristeza dos brasileiros, foi a Seleção Brasileira.

Vários temas foram levantados durante a Copa da África do Sul. Uma delas foi a tão falada Jabulani, a bola temida pelos goleiros e que não caiu nas graças da maioria dos jogadores. Outro ponto colocado em pauta foi o baixo nível técnico nos jogos. Uma prova disso foi a baixa média de gols na primeira fase.

A partir das oitavas, o nível técnico melhorou. Grandes jogos, erros de arbritagem, favoritos voltando mais cedo pra casa, tudo isso proporcionou emoções fortes pra todos que acomparanham (e ainda acompnaham) esse grande evento.

Com as eliminações e o afunilamento normal da competição, os favoritos foram surgindo e confirmando as boas perspectivas levantadas antes e durante a Copa. Fato comprovado com a formação de uma final inédita, com duas seleções que ainda não ganharam o título mais importante do futebol mundial.

Holanda e Espanha chegaram com méritos até à final. Cada seleção com sua maneira de jogar, mas com favoritismos semelhantes. Muito se falava da Holanda, que além de ter uma tradição em Copas desde a década de 70, com a chamada "Laranja mecânica", tem um time recheado de bons jogadores, experientes e com futebol bastante objetivo.

A Espanha chegou à África do Sul rodeada de elogios. Possui uma seleção bastante técnica e habilidosa, mas com o peso de nunca ter chegado à final de uma Copa do Mundo. Mas a Espanha mesmo começando mal a competição, conseguiu se encontrar durante os jogos e finalmente ter a oportunidade de ganhar a tão sonhada taça.

Nessa final não há favoritos, apesar da seleção holandesa ser mais experiente. As duas seleções fizeram por merecer a oportunidade que terão nesse domingo. Pelo fato de serem dois times que mostram um bom futebol, surge uma expectativa boa de que o mundo irá presenciar um bom espetáculo. Pelo menos tudo leva a crer que sim. Mas mesmo se faltar o bom futebol, a emoção sempre estará presente no maior espetáculo do planeta.

Rudney Guimarães