sábado, 4 de julho de 2009



Muito se fala da desorganização do Clube de Regatas do Flamengo e da péssima administração por parte da diretoria. E esse não é um problema atual, já vem de longa data. Quem acompanha a mídia esportiva e em particular as notícias do Flamengo, percebe que sempre algo conturbador está acontecendo no clube. E tudo isso só acontece devido aos fatores extracampo, aliado às más administrações que vêm se perpetuando na Gávea.

Sabe-se também, que por se tratar do clube mais popular do país, as notícias vindas do Flamengo, acabam repercutindo bem mais do que em qualquer outro clube. Um bom exemplo é o atraso de salários. Diversos clubes convivem com este problema, mas no Flamengo este assunto sempre é veiculado com mais ênfase e espetacularização. Mas, deixando de lado esse fator negativo que pesa sobre o clube, o fato é que decisões - ou a falta delas - tomadas dentro do rubronegro carioca, acabam fazendo com que a repercussão venha à tona. A desorganização dentro do campo reflete diretamente no desempenho do time dentro de campo.

Conhecida pelas más administrações, a diretoria do Flamengo vez em quando surge em evidência diante de certos acontecimentos dentro do clube. E o que não faltam são assuntos para argumentar este assunto. Só pra citar, nas últimas semanas diversos acontecimentos deram margem aos questionamentos sobre a direção do clube da Gávea. O aparecimento do volante Ives foi um deles. O atleta apareceu no campo de treinamento, com uniforme de treino, como um suposto novo contratado. Pouco mais tarde o dirigente Kléber Leite comentou que o clube não teria acertado nenhum contrato com Ives. O jogador é amigo de Adriano, e logo surgiu a notícia de que ele teria chegado à Gávea por indicação do imperador.

Este fato supracitado é apenas um dos muitos desencontros entre a própria diretoria do Flamengo. Não bastasse a falta de informação entre membros internos no clube, a falta de comunicação entre os setores não nos leva a outra justificativa senão à falta de comando. As decisões tomadas no Flamengo sempre se esbarram em contradições. A verdade é que o rubronegro carioca dá motivos para ser falado, para ser criticado, e principalmente, para ter sua imagem manchada, o que lhe tira qualquer porcentagem de credibilidade. Essa credibilidade acaba sumindo, por exemplo, diante de uma tentativa de compra do volante Ibson, junto ao Porto de Portugal. Famoso por nunca ter dinheiro (apenas dívidas), o Flamengo se vê diante de um receio do clube português, pois ainda deve o valor do atual empréstimo do jogador.

Agora com Adriano, o time já sofre com demasiado assédio da mídia. Nesta semana em mais uma falta ao treino, o clube novamente sofre com críticas sobre a sua direção. A falta de justificativa plausível reforça na diretoria o status de 'bagunçada'. O clube dá a perceber que o amadorismo ainda faz parte da diretoria, e que o comando do Flamengo encontrasse enfraquecido, quiçá inexistente. Isto deixa em dúvida se a diretoria tomará decisões diante de indisciplinas, sejam elas vindas de Adriano ou qualquer outro atleta.

Seja no Flamengo, ou no Ivinhema, o profissionalismo é indispensável. Com ele qualquer decisão interna a ser tomada tem grande chances de se obter êxito. No clube, é visível a desorganização geral fora de campo, mesmo que a diretoria tente mostrar o contrário e/ou mesmo com algumas boas decisões tomadas ultimamente. Ao Flamengo falta muito para se chegar a um nível profissional de direção. Faltam pessoas de pulso firme, que saibam conduzir o clube como tem que ser, que coloquem diante de todas as decisões o fato de que tudo deve ser unicamente para o bem do clube carioca. Quem sabe o próximo presidente do clube tenha essa visão e principalmente, tome decisões mais profissionais do que as que vemos hoje, trazendo de volta o respeito que o Flamengo precisa.


Por Rudney Guimarães

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