segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E a gestão de futebol?

Sai ano, entra ano, e é a mesma história. Clubes estão sempre atrás de estrelas. Ronaldo, Adriano, Ronaldinho Gaúcho. Grande parte dos principais clubes do país concentram suas atenções e os holofotes da imprensa em especulações em torno de jogadores badalados.

Há muito tempo é assim, como no caso do Flamengo, em tempos atrás, que buscou repatriar jogadores como Edmundo, Bebeto, Romário. No Atlético, quando montou a “Selegalo”, com Neto, Renato Gaúcho e Companhia.

Difícil afirmar ao certo qual o motivo disso. Talvez a pergunta mais pertinente seria se estas escolhas estariam sendo feitas de forma racional, planejada. Será que o tal jogador estrela resolverá os problemas do time? Não seria mais eficiente trazer jogadores mais motivados e que renderiam mais? Ainda que fosse importante a contratação, não seria melhor concretizar o negócio antes de deixar vazar a notícia na imprensa?

A questão de planejamento, ou falta dele, tem aparecido de sobra na administração dos clubes do Brasil. Prova disso são as intermináveis “novelas”, onde capítulos contam as etapas de uma contratação ou tentativa de contratação, quando os negócios melam.

A falta de profissionalismo e competência daqueles que mais deveriam ser cautelosos e eficientes, em um clube, é enorme. O que se vê são jogadores com altos salários e baixo rendimento; mais gastos do que arrecadação; centros de treinamento com estrutura precária; salários atrasados; dívidas em constante crescimento.

É lamentável, apesar de alguns raros exemplos, como no Inter e seu projeto de fidelização com o Sócio Torcedor. O Corinthians também teve méritos em sua administração, como no Marketing do Clube, que gerou muitas vendas de produtos licenciados e trouxe patrocínios substanciais. O Presidente Alexandre Kalill é outro que merece destaque. Apesar do tom sempre arrogante em suas palavras, ele tem feito bom trabalho no Atlético, quando enxugou os gastos, revertendo o orçamento em contratações e garantia de salários em dia.

De qualquer forma, é um assunto pouco discutido. Fala-se muito sobre jogadores bons e jogadores ruins. Técnicos competentes e incompetentes. Árbitro ou cartola ladrão. A gestão de clubes deveria estar mais em pauta, pois o trabalho deles resulta em times vitoriosos ou não. É onde tudo começa.

Por Danniel Olímpio

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um clássico de espectadores

Que a Espanha e o mundo pare para ver o belo futebol do Barcelona, já é sabido. Mas o que não se esperava era que o time madrilenho também parasse para assistir Messi e companhia passearem em campo no clássico Barça e Real.

Real Madrid líder do campeonato, o time fazendo boa temporada ao comando de José Mourinho. Nada disso foi suficiente diante do conjunto do Barcelona, que voou em campo. 5 a 0, fora o show de técnica, aplicação tática e disposição dos jogadores. E, de quebra, ultrapassou o rival, assumindo a liderança do Campeonato Espanhol, agora com 34 pontos, 2 a mais que o time de Madrid.

Muitos podem estar se perguntando o que ocasionou a goleada. A princípio, um Barcelona totalmente ligado e um Real Madrid completamente sonolento. Em segundo, o tipo de marcação feita pela equipe Catalã. O Barcelona tem por característica todos os jogadores ajudando na marcação. O resultado é que o time roubava a bola no meio e saia de trás tabelando com o trio Messi, Iniesta e Xavi, que distribuíam para os atacantes Pedro e Villa, que jogavam abertos pelas pontas. E como, além de ser um time de técnica apurada, a maioria joga há anos juntos. Isso fez com que os erros de jogadas agudas no ataque fossem mínimos, o que acabou resultando na goleada.

O Barcelona leva ao mundo um estilo de jogo interessantíssimo. Joga de forma muito ofensiva, mas com aplicação tática defensiva muito grande por parte de todos jogadores. Os atacantes Pedro e David Villa marcam a saída de bola pelos lados, dificultando o apoio dos laterais adversários. O meio campo marca sob pressão os meias rivais, que ficam sem opção de passe, já que seus laterais estão presos na marcação e o ataque bem marcado. Com isso, o time catalão rapidamente rouba a bola, que é distribuída para um dos seus dois pontas, que a segura até a chegada dos homens de meio que, hora chegam ao ataque como elemento surpresa, hora se colocam na entrada da área pra tabelar. Essa forma colaborativa de jogar proporciona uma gama variada de jogadas porque o time se posiciona muito bem, tanto defensiva, como ofensivamente.

O peso de uma goleada para o Real é muito grande, isso é inegável. Que o time vai ter que ralar muito para estar no nível do Barcelona, também é incontestável. Mas que tem condições pra evoluir muito ainda, tanto com a capacidade do seu elenco, como do seu ótimo técnico, isso também ninguém duvida. Resta saber, quanto tempo irá demorar pra alcançar o nível do Barcelona, que, sem dúvida, atingiu a velocidade da luz.

Por Danniel Olímpio

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Entregar ou não se esforçar?


A rodada de ontem gerou uma garnde discussão após a derrota do São Paulo para o Fluminense. A torcida do São Paulo pedia nas arquibancadas para que o próprio time entregasse o jogo. E o mais curioso é que ela comemorou a cada gol do tricolor carioca.

Aí entra a seguinte questão: o São Paulo entregou o jogo? Não. Apenas não se esforçou o bastante pra ganhar do Fluminense. Entregar o jogo e não se esforçar são coisas totalmente diferentes.

Ao analisar a pontuação de cada clube na tabela, percebe-se que o Fluminense teria (e teve) mais ambição de ganhar, afinal briga pelo título. Já o São Paulo não brigava por Libertadores, tampouco por título. É de certa forma normal não ter a mesma motivação na partida.

Do lado de fora de campo entra a vontade da torcida e a rivalidade com outros clubes. É preferível pros sãopaulinos o Fluminense ser campeão ao arquirrival Corinthians. O pedido de entrega é folclórico, faz parte do torcedor.

Mas a explicação pra toda essa polêmica - que sempre surge faltando 3, 4, 5 rodadas pro fim do campeonato - está no regulamento. Os pontos corridos levam a isso. Há algumas rodadas do término do brasileirão, vários times estarão passeando no campeonato. E sem ter o que disputar, apenas cumprir tabela acaba sendo algo desmotivador. É apenas pra "bater o ponto".

Dizer que um time ou outro entregou o jogo é algo sem nexo. Por outro lado, é espantoso ver um time que não tem mais ambição no campeonato perder uma partida que no fim das contas acaba prejudicando um rival? É algo que imediatamente gera debate. Se o time perder, ele entregou. E se ganhar?

Ano passado disseram que o Corinthians tirou o pé na partida com o Flamengo. Foi exatamente o que aconteceu esse ano. Mas quem não se lembra o trabalho que deu ao time carioca vencer o Grêmio na última rodada? Se o Grêmio empata daria ao rival Inter a chance de ser campeão. A torcida do Grêmio pedia pro time perder o jogo, assim como a do São Paulo no jogo de ontem.

Em pontos corridos sempre haverá especulação sobre entrega de jogo e de mala branca. Um clube perder um jogo e acabar prejudicando um rival em diversas vezes será fruto de coincidência na tabela. E a falta de empenho em alguns jogos será por conta de um time não ter mais o que fazer no campeonato a não ser cumprir tabela.

Se é pra não ter polêmica, que volte o mata-mata.
Por Rudney Guimarães

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Técnicos gaúchos em alta


Os técnicos Gaúchos estão em grande fase no futebol brasileiro. Tite chegou ao Corinthians e vem conseguindo retomar o caminho do título do Brasileirão 2010. Celso Roth, do Inter, conquistou a Libertadores e disputa o Mundial Inter Clubes. Felipão vem levando o Palmeiras às finais da Sul-americana. Por fim, Mano Menezes inicia bem o trabalho na Seleção Brasileira, ainda que tenha perdido para a Argentina, nesta quarta-feira.

É indiscutível, os técnicos gaúchos atualmente estão na vanguarda do futebol brasileiro. Os resultados comprovam isso. Mas, além dos resultados, é interessante notar a mudança do estigmatizado futebol força, antes arraigado ao estilo gaúcho. Não que mudaram radicalmente a forma de atuar das suas equipes. A questão da marcação ainda é marca registrada dos treinadores gaúchos. Mas além dessa forte e eficiente marcação, eles têm montado times competentes também na parte ofensiva.

O técnico da Seleção, Mano Menezes, talvez seja um exemplo claro de como conciliar bem uma boa marcação com ofensividade. Sua noção tática é outra característica que merece destaque, como é comum aos técnicos citados.

Técnico “paizão”

Está cada vez mais provado que o técnico “paizão”, amigo, tem dado certo nos clubes brasileiros. Joel Santana, Renato Gaúcho, Andrade (em sua arrancada para o título brasileiro), Felipão e Dorival Júnior. Técnicos com estilo mais distante dos jogadores, como Luxemburgo, por exemplo, dão mostras que esse estilo não tem surtido efeito.

Treinadores como Joel Santana e Andrade, por exemplo, não são destaque por serem exímios treinadores, mas a forma de lidar com o grupo chama a atenção. Prezam pela união do grupo, pela conversa. E isso tem demonstrado que surte efeito, pois há uma doação maior dos jogadores em campo, a concentração e ímpeto são maiores na busca dos objetivos.

Óbvio que um técnico como Vanderlei Luxemburgo não se esqueceu como se treina um time de futebol. O que acontece é que hoje, mais do que em anos anteriores, um time necessita de um comandante com capacidade que vai muito além da noção de técnico que escala, que escolhe o esquema tático, que faz substituição. Um time, para ser vitorioso, precisa de alguém que viva o dia-a-dia, que converse individualmente com cada um, que oriente, que utiliza estratégias de motivação. No futebol atual, jovens jogadores são lançados cada vez mais cedo nas equipes profissionais. Esse é um fator que obriga os técnicos a serem mais participativos no convívio com os atletas.

Talvez isso venha a fazer parte da reciclagem que o próprio Vanderlei Luxemburgo diz precisar fazer.

Por Danniel Olímpio

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Enfim, de volta.


Saiu hoje pela manhã a convocação da Seleção Brasileira pro amistoso do dia 17 de novembro, contra a eterna rival Argentina. E em meio aos jovens da renovação feita por Mano, um velho conhecido da camisa canarinha está de volta, Ronaldinho Gaúcho.

Alguns comentaristas já se manifestaram dizendo que a convocação de Ronaldinho foi pura jogada de marketing político. Afinal, um amistoso em Doha, no Qatar, contra a Argentina, seria bem mais atrativo a cada grande jogador presente. E em relação à popularidade, Ronaldinho dispensa comentários.

Na entrevista coletiva, Mano relatou que Ronaldinho foi chamado porque pode ser útil. Pensou nele como um jogador de meio, de armação de jogadas, de criatividade. Sabe-se que na Seleção Ronaldinho não costuma ter as mesmas atuações que tem nos clubes, salvo algumas exceções. Porém, a vontade de voltar a jogar pelo Brasil é por si só um grande estímulo para que Ronaldinho faça boas apresentações.

É óbvio que Mano terá que encaixá-lo bem na equipe. Ronaldinho rende muito mais quando escalado na posição certa, a que ele mais se sente à vontade, jogando com liberdade. Mas, o próprio jogador terá que ser mais objetivo do que vinha sendo ultimamente (pela Seleção). O espetáculo faz parte, mas é consequência do jogo, da técnica e habilidade que ele possui, mas jamais será prioridade. Se ele pensar dessa forma, voltará a ter prestígio.

Mas será que Ronaldinho terá condições de se manter na Seleção até 2014? Será que Mano o chamou por uma necessidade momentânea, pelo bom futebol apresentando atualmente no Milan, ou por acreditar que o jogador poderá voltar a ser um grande nome, importante pra Seleção, tão renovada e cheia de jovens?

O fato é que pra torcida, ter Ronaldinho de volta é bom para os olhos, pois trata-se de um ídolo. Mas, para se manter nos planos de Mano Menezes e para voltar a deslumbrar os olhos do torcedor, Ronaldinho Gaúcho terá que ser muito mais que "um rostinho bonito".

Por Rudney Guimarães

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Um empate pra muitas análises


O clássico das maiores torcidas terminou empatado. Flamengo e Corinthians, vivendo momentos diferentes no campeonato, fizeram um jogo que em diversos momentos deixaram claro a posição das equipes na tabela.

A diferença entre os dois times se viu no padrão de jogo de ontem. O Corinthians fez um bom primeiro tempo, dominando o jogo, marcando bem o time adversário e sendo objetivo quando esteve perto do gol. E aí Ronaldo não perdoou.

O Flamengo mais uma vez justificou a sua posição na tabela. A ousadia de Luxemburgo de apostar em 3 atacantes pra segurar o Corinthians no seu próprio campo poderia ter dado certo. Mas o que se viu no primeiro tempo foi um Flamengo com muitos passes errados - como sempre vem sendo - e falta de criatividade.

E, mais uma vez, o time carioca saiu atrás no placar. Aí o time tem que correr em dobro pra reverter o resultado. O empate dos males foi o menor, mas vontade, ímpeto e atitude de vencedor desde o início da partida poderiam premiar o time com uma vitória.

Já o Corinthians, abdicou do ataque no segundo tempo. Optou em marcar o Flamengo, quando na verdade poderia ser mais agressivo. Tite errou ao recuar o time trocando Bruno Cesar por Paulinho. Um pouco mais de ousadia e o time poderia voltar pra São Paulo com os três pontos.

O Flamengo vem melhorando, é verdade. Mas Luxemburgo ainda tem muito o que fazer. O time possui elenco pra fazer um bom restante de campeonato, mas a irregularidade apresentada durante o brasileirão acaba por deixar o time na atual situação, deveras incômoda.

Surpreendeu um pouco a atitude do Corinthians de explorar os contra-ataques. Mas no primeiro tempo a estratégia deu certo. Mas a partir da melhora do Flamengo no segundo tempo, o time apenas se defendeu, fora uma bola na trave cobrada por Bruno Cesar.

E o Flamengo mostra que quando se joga com vontade, demonstrando a raça que é típida do time e a exigência máxima da torcida, se pode vencer, seja qual for o adversário. O Flamengo em muitos jogos peca por errar demais, ajudando o adversário. Em outras palavras, facilitando o trabalho que os outros times têm pra fazer para vencê-lo.

Por Rudney Guimarães

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Prêmio Bola de Ouro já tem data marcada

Saiu a lista de indicados para o prêmio de melhor jogador do mundo da última temporada (Bola de Ouro da FIFA). Julio César, Maicon e Daniel Alves são os brasileiros que fazem parte da lista. Uma lista que, como em todo ano de mundial, toma como base a Copa do Mundo, com predominância de espanhóis e alemães. No geral, houve coerência, apesar forçada de barra na indicação de Asamoah Gyan, de Gana e da ausência do zagueiro brasileiro Lúcio, que fez grande temporada.

Pode ser que o primeiro lugar seja dado a algum campeão mundial, ou Villa ou Iniesta, mas, ainda assim, Lionel Messi esteve bem a frente dos demais durante toda a temporada. Inclusive na copa, não esteve mal como muitos disseram. Não jogou tudo que pode render, óbvio, mas teve bons momentos, apesar da Argentina não ter ido mais à frente. Pena o polvo Paul não estar mais vivo. Será que acertaria essa?

O evento também premiará ainda a melhor jogadora, sendo Marta a única brasileira indicada, o melhor técnico e elegerá os melhores jogadores em cada posição.

O vencedor será conhecido no dia 10 de janeiro de 2011 em Zurique, na Suíça. Este ano os prêmios da Revista France Football e do Bola de Ouro da Fifa terão o mesmo vencedor.

Veja a lista completa:

Jogadores

Xabi Alonso (Espanha), Daniel Alves (Brasil), Iker Casillas (Espanha), Cristiano Ronaldo (Portugal), Didier Drogba (Costa do Marfim), Samuel Eto'o (Camarões), Cesc Fábregas (Espanha), Diego Forlán (Uruguai), Asamoah Gyan (Gana), Andrés Iniesta (Espanha), Julio César (Brasil), Miroslav Klose (Alemanha), Philipp Lahm (Alemanha), Maicon (Brasil), Lionel Messi (Argentina), Thomas Müller (Alemanha), Mesut Özil (Alemanha), Carles Puyol (Espanha), Arjen Robben (Holanda), Bastian Schweinsteiger (Alemanha), Wesley Sneijder (Holanda), David Villa (Espanha) e Xavi (Espanha).

Jogadoras

Camille Abily (França), Fatmire Bajramaj (Alemanha), So Yun Ji (Coreia do Sul), Marta (Brasil), Birgit Prinz (Alemanha), Caroline Seger (Suécia), Christine Sinclair (Canadá), Kelly Smith (Inglaterra), Hope Solo (Estados Unidos) e Abby Wambach (Estados Unidos).

Técnicos do futebol masculino

Carlo Ancelotti (italiano, Chelsea), Vicente del Bosque (espanhol, seleção da Espanha), Alex Ferguson (escocês, Manchester United), Pep Guardiola (espanhol, Barcelona), Joachim Löw (alemão, seleção da Alemanha), José Mourinho (português, Internazionale e Real Madrid), Oscar Tabárez (uruguaio, seleção do Uruguai), Louis Van Gaal (holandês, Bayern), Bert Van Marwijk (holandês, seleção da Holanda) e Arsène Wenger (francês, Arsenal).

Técnicos do futebol feminino

Bruno Bini (francês, seleção da França), In Cheul Choi (sul-coreano, seleção sub-20 da Coreia do Sul), Maren Meinert (alemã, seleção sub-20 da Alemanha), Albertin Montoya (americano, Gold Pride), Silvia Neid (alemã, seleção da Alemanha), Hope Powell (inglesa, seleção da Inglaterra), Norio Sasaki (japonês, seleção do Japão), Bernd Schröder (alemão, Turbine Potsdam), Pia Sundhage (sueca, seleção dos Estados Unidos) e Béatrice von Siebenthal (suíça, seleção da Suíça).

Por Danniel Olímpio

domingo, 24 de outubro de 2010

Bela vitória do Galo no clássico mineiro

(foto: globoesporte.com)


Ótimo duelo entre os maiores de minas. Cruzeiro e Atlético fizeram talvez o melhor jogo da rodada, num total de 7 gols, que acabou com vitória atleticana por 4 a 3.

Como já foi dito no último texto, os bons jogadores em campo e a necessidade de vitória de ambas equipes credenciavam o jogo como um dos melhores entre os dois nos últimos anos. A chuva não chegou a atrapalhar os jogadores, que fizeram uma partida muito disputada, do início ao fim.

O grande mérito do Atlético foi imprimir uma forte marcação no primeiro tempo e sair rápido nos contra-ataques, o que foi decisivo na maioria dos gols do time. Além disso, conseguiu envolver a marcação cruzeirense com um bom toque de bola. Só após os 30 primeiros minutos do 1º tempo é que o Cruzeiro equilibrou o jogo, com a entrada de Gilberto no lugar de Diego Renan, que acabou marcando um belo gol, diminuindo o placar para 3 a 1.

O que se viu no segundo tempo foi um Cruzeiro muito agressivo, acuando a defesa alvinegra. Dorival Júnior percebeu as dificuldades defensivas do Atlético, colocando o volante Alê, no lugar de Renan Oliveira. A mexida de nada adiantou e o Cruzeiro continuou criando e desperdiçando chances. Mas a inspiração no dia de hoje não era apenas do atacante Obina, que marcou 3 gols, era de todo o Atlético, que acabou marcando o 4º gol, com o zagueiro Rever, que fez grande partida.

O Cruzeiro se abateu um pouco com o 4º gol atleticano, mas minutos depois voltou a partir pra cima. Após tanto insistir conseguiu fazer mais 2 gols, e continuou buscando o empate até o fim da partida. Mas o Atlético resistiu e assegurou a importante vitória por 4 a 3 diante do seu maior rival.

O jogo mostrou bem o trabalho dos dois treinadores em momentos diferentes da partida. No início, ficou claro uma característica do técnico atleticano, que já utilizava no Santos. A de uma forte marcação e ataques rápidos. Já o técnico Cuca, promovendo a entrada de Gilberto, fez com que o Cruzeiro retornasse a característica que acompanhou o time celeste durante todo o campeonato, a de funcionar muito bem pelos dois lados do campo, utilizando bem seus 3 volantes que distribuem o jogo de forma rápida e eficiente.

Apesar da derrota, o Cruzeiro ainda segue firme pelo título. Foi derrotado por um Atlético em dia inspirado, que pela qualidade dos seus jogadores não era para estar na situação em que se encontra. Diante do que apresentou as duas equipes neste super jogo, podemos dizer que ambas seguem com boas chances de conseguir alcançar seus objetivos. O de ser campeão brasileiro, pelo lado do Cruzeiro, e permanecer na 1ª divisão, pelo lado do Atlético.

Por Danniel Olímpio

O clássico das reclamações


Vasco e Flamengo fizeram hoje mais um clássico. Um empate acabou sendo justo, mas não o resultado esperado - e necessário - pra nenhum dos dois.

Assim que o jogo começou, o Vasco tomou iniciativa e ficou com maior posse de bola. O time impôs uma marcação adiantada, forçando o adversário a perder a posse de bola. Na frente Eder Luís e Zé Roberto davam boa velocidade na subida ao ataque.

Já o Flamengo estava sem toque de bola, com ataque inoperante, salvo algumas jogadas com Diego Maurício, que, de longe, é o melhor ataque no atual momento do time.

Quando o Flamengo começou a equilibrar o jogo, o Vasco abriu o placar, num lance de azar da zaga rubronegra. Mas o Vasco era mais perigoso ofensivamente. Logo, o gol não foi surpresa.
No segundo tempo o Fla voltou mais disposto e conseguiu o empate, quando já estava com um jogador a mais. Aliás, a expulsão do jogador do Vasco (Dedé) foi bastante reclamada pelos vascaínos. Sem razão. A expulsão foi justa.

Pra quem acompanha jogos do Flamengo neste campeonato, foi perceptível neste jogo, erros frequentes do time durade a competição. Passes errados, marcação ruim, falta de objetividade, e mais uma vez tomando o gol antes de fazer. Então teve que correr atrás do placar, novamente.

O Vasco poderia ter atacado mais após abrir o placar. E na segunda etapa, com um a menos boa parte do tempo, o time jogou defensivamente, não conseguindo nem explorar os contra-ataques.

O Flamengo conseguiu o empate, mas poderia ter virado a partida. O time acabou sendo prejudicado pelas paralizações ocorridas na partida, o que acabou quebrando o ritmo do time na busca de pressionar o adversário.

Foi um clássico tenso, disputado, repleto de reclamações e cartões. Mas tecnicamente deixou um pouco a desejar. Poderia ter tido mais gols e lances perigosos.

A irregularidade do Flamengo é notória. E a impressão que se tem é que o time adversário não precisa se esforçar muito pra fazer gols e/ou ganhar do rubronegro. Isso porque o Flamengo proporciona ao time adversário a oportunidade de dominar a partida e crescer no jogo.

O Flamengo tem seus méritos negativos. Erra muitos passes, é lento na saída de bola, e hoje, explorou pouco o lado direito com Léo Moura. E não acionou muito Diego Maurício. Ele proporcionou as melhores jogadas do time.

E o empate acabou sendo "aceitável" pelo Vasco, devido às circunstâncias do jogo. Apesar da expulsão de um jogador, o time vascaíno não continuou forçando o ataque. E o empate acabou sendo um placar previsível à partir do segundo tempo.

Na quarta-feira o Flamengo encara o Corinthians no Engenhão. Já o Vasco visita o Vitória no Barradão.

Por Rudney Guimarães

sábado, 23 de outubro de 2010

Cruzeiro x Atlético-MG - Antes do clássico

Possivelmente o torcedor irá ter, neste domingo, um dos maiores jogos entre estas duas equipes nos últimos anos. Tanto pela situação antagônica entre os dois, onde um briga para se manter na ponta e outro contra o rebaixamento, mas também pela quantidade de bons jogadores em campo.

A qualidade ofensiva de jogadores como Gilberto, Montillo e Thiago Ribeiro pelo lado do Cruzeiro e Diego Souza, Obina e Tardelli pelo Atlético, credencia este clássico como um dos grandes clássicos do futebol nacional.

Cruzeiro x Atlético sempre foi um jogo muito brigado, disputado. A magia principal era a rivalidade e essa disputa, que por muitas vezes terminava em uma confusãozinha ou outra. Apesar destes ingredientes permanecerem, o elemento da técnica apurada dos jogadores que entrarão em campo deve ser destacado, pois, diferente de outros anos, neste confronto o Atlético terá jogadores que desequilibram, e não apenas um ou outro como em outras ocasiões. E o Cruzeiro mantém sua tradição de formar grandes equipes, que além de bons jogadores, possui ótimo conjunto.

Óbvio que quando se fala em jogadores como Diego Souza, Obina e Tardelli, deve se destacar o trabalho do técnico Dorival Júnior, outro grande personagem do jogo, que vem fazendo ótimo trabalho de recuperação, fazendo com que estes jogadores voltem a render o esperado.

Apesar disso, ainda não podemos falar que o clássico será equilibrado. Pelo simples fato que o Atlético ainda é um time em transição, está em uma situação complicada na tabela e o Cruzeiro é o time mais organizado deste campeonato, com o maior equilíbrio entre defesa e ataque e ainda terá só seus torcedores no Parque do Sabiá, em Uberlândia - acordo feito entre os dois times, para evitar confronto entre as torcidas (clássico do 1º turno foi só com torcedores altleticanos).

Claro que o Atlético poderá surpreender, se não nos esquecermos da certíssima máxima de que “o futebol é uma caixinha de surpresas”. A questão de um favoritismo para o Cruzeiro talvez não caiba tanto, pela maior organização dada pelo treinador atleticano, principalmente na defesa, e também pela experiência dos homens de frente do Galo, acostumados a conquistas e a grandes jogos.

Portanto, o que se pode dizer é que o Cruzeiro leva a vantagem de ter um time mais organizado, em melhor situação na tabela e por ter toda a torcida a seu favor. Mas, pela quantidade de jogadores que desequilibram de ambos os lados, a questão do favoritismo fica pra próxima.

Por Danniel Olímpio

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A imagem rubro-negra


O Flamengo está se preocupando com sua imagem. Após os acontecimentos com o goleiro Bruno, a presidente Patrícia Amorim tratou logo de se mexer e determinou que os futuros reforços só assinarão contrato com cláusula protegendo a instituição, com rescisão e até direito a perdas e danos de imagem. Inclusive, a medida já passou a valer nos contratos dos novos reforços, o atacante Colombiano Cristian Borja e o goleiro Vinícius.

Além dessa medida, outro ponto que dá indícios de repúdia à atos que manchem a imagem do clube está no desabafo de Zico, de que não vai mais admitir falta de profissionalismo no Flamengo.

É louvável essa tentativa, mas que não seja isolada. Para que haja respeito ao clube e, principalmente compromisso por parte dos jogadores, várias medidas de ordem administrativas devem ser tomadas. Antes de qualquer coisa, é necessário ligar o “escudo anti-crise”. O Flamengo, mais do que qualquer outro clube, tem uma capacidade impressionante de provocar crises. A pressão é grande, a visibilidade e a mira da imprensa está sempre apontada, esperando qualquer deslize.

Salários atrasados, declarações infelizes, torcedores invadindo treinamento, jogador se atrasando e faltando a treinos. Estes são alguns fatos mais comuns que acontece no dia a dia do clube. Mas com ação da administração essa realidade pode mudar e a melhoria da imagem do clube pode acontecer, como recém pretendem seus os diretores.

Por outro lado, fica ai a dúvida de até onde vai essa busca pela boa imagem da instituição. Porque eles se atentaram pra esse problema e se manifestaram só após o ocorrido com seu ex-goleiro. E os constantes casos ao longo dos anos que pipocam na imprensa quase que a cada semana? Será que não foram suficientes para um despertar da diretoria e uma tomada de atitude? A noção de que é melhor prevenir que remediar parece não fazer parte da cartilha rubro-negra.

A dúvida quanto aos rumos de uma nova mentalidade fica até que se tomem medidas realmente efetivas e que dêem conta de todo o problema. Mas a esperança do torcedor está renovada, com a chegada do seu eterno ídolo Zico, que chega com discurso renovador e que, ao que parece, tem refletido nas atitudes tomadas pela presidente rubro-negra.

Por Danniel Santos Olímpio

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O fim de um incômodo


A Copa do Mundo 2010 acabou. A Espanha fez jus ao título de favorita (uma das) e conseguiu conquistar sua primeira Copa em sua primeira decisão. Decisão esta que teve uma marca negativa: a final mais violenta da história.

A falta de técnica voltou a ser notável e presente em um bom tempo do jogo. A Espanha, porém, por ter um time de mais toque de bola e de possuir um estilo de jogo ofensivo, mostrou mais interesse em ir ao ataque.

Como em diversos jogos na Copa, o que se viu foi marcação forte de ambos os lados. A preocupação de não sair atrás no placar foi mais forte que a vontade de fazer um gol. E a Holanda além de jogar numa retranca, explorando os contra-ataques, parou o jogo com muitas faltas. E em sua grande maioria, faltas desleais e bastantes violentas.

E como deu pra perceber durante a Copa, vários jogos acontecem durante um jogo. Dificilmente uma seleção conseguiu manter o mesmo ritmo de jogo em campo durante uma partida. Na partida final, porém, se viu um jogo amarrado durante todo o tempo. Mas a técnica espanhola se sobressaiu em alguns momentos, criando boas chances de gol, desperdiçadas.

Mas a justiça foi feita e a Espanha acabou marcando na prorrogação e deixando claro o merecimento da "Fúria" em conquistar a Copa do mundo 2010. Foi a vitória do time premiado pela FIFA como o time "Flair play", por seu jogo limpo durante a competição. Fato explicado pela característica de toque de bola e pelos jogadores técnicos e habilidosos.

A Holanda, apesar de possuir experientes e bons jogadores, buscou na defensividade a arma pra surpreender seus adversários, através dos contra-ataques. Mas por se abster de jogar de igual pra igual, mesmo tendo time pra isso, acabou sucumbindo na falta de vontade de jogar pra frente. Perdeu mais uma final.

Por Rudney Guimarães

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Está acabando

A Copa do Mundo 2010 vai chegando ao fim. Nesses quase trinta dias de jogos, várias surpresas ocorreram, com grandes seleções sendo eliminadas precocemente da competição. Uma delas, pra tristeza dos brasileiros, foi a Seleção Brasileira.

Vários temas foram levantados durante a Copa da África do Sul. Uma delas foi a tão falada Jabulani, a bola temida pelos goleiros e que não caiu nas graças da maioria dos jogadores. Outro ponto colocado em pauta foi o baixo nível técnico nos jogos. Uma prova disso foi a baixa média de gols na primeira fase.

A partir das oitavas, o nível técnico melhorou. Grandes jogos, erros de arbritagem, favoritos voltando mais cedo pra casa, tudo isso proporcionou emoções fortes pra todos que acomparanham (e ainda acompnaham) esse grande evento.

Com as eliminações e o afunilamento normal da competição, os favoritos foram surgindo e confirmando as boas perspectivas levantadas antes e durante a Copa. Fato comprovado com a formação de uma final inédita, com duas seleções que ainda não ganharam o título mais importante do futebol mundial.

Holanda e Espanha chegaram com méritos até à final. Cada seleção com sua maneira de jogar, mas com favoritismos semelhantes. Muito se falava da Holanda, que além de ter uma tradição em Copas desde a década de 70, com a chamada "Laranja mecânica", tem um time recheado de bons jogadores, experientes e com futebol bastante objetivo.

A Espanha chegou à África do Sul rodeada de elogios. Possui uma seleção bastante técnica e habilidosa, mas com o peso de nunca ter chegado à final de uma Copa do Mundo. Mas a Espanha mesmo começando mal a competição, conseguiu se encontrar durante os jogos e finalmente ter a oportunidade de ganhar a tão sonhada taça.

Nessa final não há favoritos, apesar da seleção holandesa ser mais experiente. As duas seleções fizeram por merecer a oportunidade que terão nesse domingo. Pelo fato de serem dois times que mostram um bom futebol, surge uma expectativa boa de que o mundo irá presenciar um bom espetáculo. Pelo menos tudo leva a crer que sim. Mas mesmo se faltar o bom futebol, a emoção sempre estará presente no maior espetáculo do planeta.

Rudney Guimarães

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A "paradinha"

Por causa daCopa do Mundo, que irá começar nesta semana, o campeonato brasileiro de 2010 deu uma parada. Os clubes já deram folga pros seus jogadores, que só entrarão em campo daqui a quarenta dias. Isso indica um bom tempo pra que os clubes possam analisar seus respectivos desempenhos até agora e, desta forma, têm a chance de buscar melhorias para a continuação do Brasileirão.

Até esta sétima rodada o campeonato trouxe algumas surpresas, como também se confirmaram algumas previsões. Uma boa surpresa é o time do Ceará dividindo a liderança com o Corinthians. Sem dúvida ninguém esperava essa performance do time cearense, ainda mais por se tratar de um clube que há muito tempo não disputa a série A do Brasileirão. Fato semelhante ao Guarani, 5° colocado, deixando vários times grandes pra trás.

Um fato curioso éa presença dos 3 atléticos na zona do rebaixamento. A presença mais ilustre na zona da degola éa do Atlético Mineiro. Por outro lado, o Vasco, que acaba de retornar pra 1ª divisão, mostra a fragilidade do seu elenco e já é visto como um principal candidato ao rebaixamento.

Porém, para os clubes que passam por momentos ruins no campeonato, a pausa para a Copa do mundo poderá ser um alívio para que tudo seja repensado e planejado, visando a volta por cima dentro da competição.

O cenário pra alguns clubes é ruim, pra outros o cenário é bom. Mas isso é momentâneo, pois as posições na tabela mostram apenas o bom ou mau início dos clubes na competição. O fato é que fatores como contratações e/ou desmanches serão pontos importantes para o futuro dos 20 times. Ano passado, por exemplo, quem imaginaria que o Flamengo fosse o campeão brasileiro?

Portanto, a parada é boa para que todos os clubes possam se reorganizar. É hora das diretorias trabalharem, contratarem e planejarem bem a trajetória de seus respectivos clubes, para que não tenham péssimas surpresas no fim do ano. Aos jogadores, resta tempo de sobra para rever os erros e tentar corrigí-los através dos treinamentos. A hora é essa, é só aproveitar.

Por Rudney Guimarães

domingo, 30 de maio de 2010

Uma análise do Brasileirão

O Brasileirão chega a sua 5ª rodada e já dá pra tirar algumas conclusões sobre esse campeonato, considerado um dos mais difíceis do mundo. Até o próximo domingo serão mais duas rodadas e depois o campeonato será paralisado, recomeçando apenas após o término da Copa do Mundo.

Todo ano, vários times surgem nos comentários dos amantes do futebol como favoritos ao título. Mas, nem sempre os favoritos começam se destacando positivamente. Com exceção do Corinthians, que disparou na liderança com 13 pontos até agora, outros grandes clubes estão da metade da tabela pra baixo.

Como se sabe, início de campeonato é sempre difícil. E isso se explica por diversos fatores. Um deles são os campeonatos paralelos ao brasileirão, como Copa do Brasil e Libertadores. Basta olhar a tabela e ver que o Corinthians, eliminado logo nas oitavas, se deu bem ao se dedicar exclusivamente ao campeonato brasileiro - mesmo que de forma 'forçada'.

Flamengo, Cruzeiro e Inter não figuram entre os primeiros colocados. Ainda com a Libertadores na memória recente, os dois primeiros ainda não se encaixaram no campeonato. Já o Inter também não começou tão bem, mas pode melhorar sua colocação nas duas próximas rodadas, pois só jogará pela Libertadores após a Copa.

O mesmo acontece com os times envolvidos na Copa do Brasil. O Santos, sensação do ano até o momento, ocupa um modesto oitavo lugar. Grêmio e Vitória não estão nem na zona da Sulamericana e o Atlético-GO amarga a lanterna do campeonato.

Outro fator que dificulta a boa perfomance dos clubes é a saída e entrada de jogadores. O Flamengo é um bom exemplo disso. Adriano já se foi. Love deverá ser o próximo. Com isso, a mudança tática e a falta de entrosamento - ocasionada pelas mudanças no plantel de um time - podem ser cruciais para que os clubes deixem a desejar ao longo do ano.

Mas não se pode deixar de contar com as surpresas. Num campeonato tão longo, times considerados favoritos estão sujeitos a decepcionarem suas torcidas, pois manter a regularidade é sempre difícil. E pontos perdidos farão falta mais à frente. Dos clubes considerados 'pequenos', o Ceará e Avaí mostram um bom início. Pra eles, é essencial um bom começo pra não passar sufoco no fim do campeonato.

E ficou claro que não existe time imbatível. Existe sim, a necessidade de empenho rodada após rodada. O Brasileirão é um campeonato de quem erra menos, de quem vacila menos e, na reta final, quem cresce na hora certa.

Por Rudney Guimarães

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Saiu mais uma

Saiu a última convocação para a Seleção Brasileira antes da Copa do mundo. A lista divulgada por Dunga é válida para o amistoso contra a Irlanda, dia 2 de março, em Londres. A partida será a última antes da convocação final para a Copa. Por esse motivo, a lista divulgada hoje tem um enorme peso pra quem busca uma vaga na lista final dos que irão à África do Sul.

Costumeiramente, sempre surge uma ou mais surpresas entre os jogadores chamados. Desta vez a surpresa se deu pela convocação do meia Gilberto, do Cruzeiro, que foi chamado para a lateral esquerda. E só. Aliás, essa parece ser a única posição 'sem dono'. A rotatividade da lateral esquerda é bastante superior a qualquer posição. Isso porque todos que recebem chance de atuarem pela Seleção, simplesmente não apoveitam.

A não convocação de Ronaldinho Gaúcho pode (talvez) ser uma surpresa pra quem acompanha o futebol. Lógico que o Dunga também acompanha, mas no ponto de vista dele, Ronaldinho não merece até o momento voltar à Seleção. Analisando teoricamente (e futebolísticamente) e vendo a lista de convocados, seria bem mais vantajoso ter Ronaldinho Gaúcho na Copa do que Elano ou Júlio Batista - não desmerecendo esses dois últimos.

Porém, Dunga manteve o discurso de longa data. O treinador está dando créditos a jogadores que o acompanharam por toda a trajetória das eliminatórias, mesmo que no atual momento não esteja jogando bem. Exemplos são Felipe Melo e Robinho (há de se excluir a partida de reestreia dele pelo Santos).

Se por um lado Dunga está sendo coerente em chamar quem correspondeu às suas expectativas quando foi convocado, por outro ele assume o risco de não dar prosseguimento ao bom trabalho à frente da Seleção. Pois é de conhecimento de todos que acompanham o futebol, que vários dos jogadores chamados por Dunga pelo comprometimento e pelos serviços prestados em outros momentos, estão em má fase nos dias atuais.

Mas esse é o critério adotado por ele, quando muitos no seu lugar, dariam chances a quem vem rendendo nos dias atuais e não àqueles que jogaram bem há um, dois anos atrás. E mudar peças que ele considera de sua confiança à essa altura do campeonato, não dá. E ele seria - também - criticado por isso.

Fica claro então, que a lista está praticamente fechada e que os Ronaldos não terão chances de disputar mais um Mundial. Chiadeira sempre haverá. Quem não se lembra do Brasil inteiro pedindo a convocação de Romário em 2002 e Felipão resistindo? Felipão não o levou, mas o Brasil se consagrou campeão.

O Dunga tem crédito, vem fazendo um bom trabalho. E se no futebol o que vale são os bons resultados, não há nada a se questionar. Em time que está ganhando não se mexe. E é por aí que o Dunga está indo.

Bons nomes, jogadores com potencial e que poderiam estar inclusos na lista, existem. Não cabe aqui citar, mas a Seleção é para poucos - os poucos que aproveitam a chance. E sobre diversos critérios a serem vistos e revistos, o que vale alguma alguma coisa é o critério do Dunga. E após a lsita final de convocados, o que resta ao torcedor brasileiro é apoiar e torcer.

Por Rudney Guimarães

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Fim de linha


Chegou ao fim o ciclo de Obina no Flamengo. O anjo negro da Gávea está de malas prontas pra Minas Gerais, onde agora irá defender o Atlético Mineiro. Indicação do técnico Luxemburgo, o jogador foi contratado por três anos. Ele tem agora uma nova chance na sua carreira, pois no clube da Gávea ele já não conseguia mostrar um bom rendimento há algum tempo.

É fato que Obina precisava mudar de ares. Assim como no meio do ano passado quando foi por empréstimo pro Palmeiras. Por lá ele fez gols. Gols que fizeram falta no primeiro semestre de 2009 ainda jogando pelo Flamengo. De volta este ano ao clube rubro-negro, Obina passou mais 2 jogos em branco, aumentando ainda mais o seu jejum de gols pelo Flamengo. Jejum esse que não será mais quebrado.

Coincidentemente, Obina nunca mais foi o mesmo no Flamengo após ele ter lesionado o joelho num jogo contra o Vasco. De lá pra cá seu rendimento caiu. Sua melhora não foi por falta de oportunidade, pois com todos os técnicos Obina teve chances, mas os gols foram ficando cada vez mais escassos.

Em termos de negociação, pro Flamengo foi bom, pois ganhou dinheiro com a negociação e se desfez de um jogador que já não tinha clima favorável pra continuar no clube. Obina deixou de ser aquele jogador folclórico, que nunca foi craque mas caiu nos braços da torcida rubro-negra. A má fase fez com que ele fosse um dos jogadores mais visados e cobrados no elenco do time. Portanto, a negocioação foi boa pro Flamengo e pro próprio Obina.

Em um novo clube, Obina tem a oportunidade de 'começar de novo', de mostrar seu potencial de atacante e brilhar em outros gramados, agora com a camisa do Galo. Ele terá o apoio do Luxemburgo, que acredita em seu futebol e em sua recuperação.

Embora o passado recente de Obina no Flamengo não tenha sido produtivo (pois atacante vive de gols), a torcida do Flamengo não deve esquecer que o próprio jogador teve bons momentos no clube, participando de títulos e livrando o time de rebaixamento.

Obina vai ficar pra sempre na memória dos flamenguistas, que nunca esquecerão da famosa musiquinha em que "Obina é melhor que Eto'o". Com certeza ele desejaria sair do clube de uma outra forma, num melhor momento. Mas pelas atuais circunstâncias, foi bom pra ele, bom pro Flamengo, e quem sabe, será uma boa pro Atlético.

Boa sorte Obina!

Por Rudney Guimarães

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O 'velho' Ronaldinho


Após esse fim de semana, um dos assuntos mais discutidos no futebol foi a exibição excepcional de Ronaldinho Gaúcho. Após os 3 gols e as belas jogadas no jogo do Milan contra o Siena, pelo campeonato italiano, o craque brasileiro fez os torcedores lembrarem do seu futebol na época em que jogava pelo Barcelona. E mais do que isso. Ronaldinho fez com que mais uma vez a sua convocação para a seleção brasileira mais uma vez fosse colocada em pauta.

É sabido que quando se trata de um grande jogador, a mídia sempre arruma um jeito de fazer um 'lobby' pra que sua moral seja levantada. No caso de Ronaldinho, sua última entrevista ao Esporte espetacular, da Rede Globo, foi apenas uma confirmação do que todo mundo já sabe: ele quer ir à Copa do mundo.

Como o próprio Ronaldinho disse, ele não estava querendo forçar a barra, mesmo quetenha parecido isso. Mas ao ser procurado pela imprensa e ser questionado sobre a vontade de estar na África do Sul no meio do ano, que resposta qualquer jogador daria (sabendo que tem condições de disputar uma vaga na seleção)? Ora, a resposta óbvia: SIM.


Mas, o fato principal nessa história toda é que Ronaldinho está melhorando suas atuações a cada jogo. Ele está mostrando que é dentro de campo que se conquista uma convocação. Todos sabem da sua capacidade, assim também como todos sabem o quanto ele tinha caído de rendimento.

E agora, ao acompanhar os jogos do Milan, fica claro e absurdamente notório que Ronaldinho vem fazendo por onde ser convocado.
Por isso é importante ressaltar que nunca é tarde pra se recuperar. Aparentemente a Copa do mundo está bem próxima. E realmente está. Mas até lá alguma (s) mudança (s) pode ocorrer na lista de convocações recentes da seleção, assim como a inclusão do nome de Ronaldinho.

Aliás, se manter a atual fase com o bom futebol que vem apresentando, ficará difícil para Dunga deixá-lo de fora.
Parece que a melhora de Ronaldinho Gaúcho se deu ao fato de estar feliz com o futebol, feliz em jogar futebol. O técnico Leonardo parece ter feito com que o jogador recuperasse a vontade de atuar bem, de fazer bem aquilo que sabe, de buscar mais uma vez o status de craque. E as boas atuações apareceram.

E motivo melhor do que disputar uma Copa do mundo não existe. Por isso Ronaldinho sabe que se continuar assim, poderá escrever mais algumas linhas de sua história com atuações pela Seleção brasileira. E, quem sabe, escrever mais uma passagem de sua vida com êxito.

Por Rudney Guimarães