domingo, 6 de dezembro de 2009

Hexacampeão

Depois de 17 anos de jejum, o Flamengo conquista novamente o título de campeão brasileiro de futebol. A maior torcida do país comemorou pela sexta vez a conquista do campeonato mais importante do país.

O Flamengo surpreendeu. Conquistou o título mesmo não sendo um franco favorito durante todo o campeonato. Mas nas últimas rodadas o Flamengo jogou futebol de campeão. Junto à sua competência contra adversários diretos, o rubro-negro carioca contou com os tropeços de times que estão mais cotados pra conquistarem a taça.

E o clube da Gávea deu fim à conquista de títulos seguidos do São Paulo que, até o momento, vinha sendo citado como exemplo de organização dentro e - principalmente - fora de campo. O bom planejamento e a ótima estrutura do clube paulista era tido como um dos principais trunfos para o seu sucesso. E o Flamengo neste ano quebrou esse paradigma.

É sabido que o Flamengo não tem uma estrutura invejável e que as ações de sua diretoria - embora tenha melhorado no 2° semestre - nem sempre sejam corretas e pontuais, mas o fato é que o time cresceu na competição e passou por cima de tudo e de todos.

Méritos para o Andrade, que trouxe o grupo pra ele e mostrou uma competência que ninguém no clube apostava que ele teria. O técnico ainda contou com a habilidade do sérvio Petkovic, que desequilibrou em diversas partidas no campeonato, e da volta por cima de Adriano, que sagrou-se artilheiro junto com Diego Tardelli.

Além do mais, o rubro-negro neste ano confirmou aquela velha citação de que "quando o Flamengo chega, é difícil segurar". Parabéns ao Flamengo, hexacampeão brasileiro.

Por Rudney Guimarães

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mudando o foco

O momento é de expectativa pela última e decisiva rodada do Campeonato brasileiro. Mas na tarde de hoje o foco das atenções do futebol foi transferido para o sorteio dos grupos para a Copa do mundo de 2010.

Na África do Sul, 32 equipes entrarão na disputa do torneio mais importante do futebol mundial. e para o campeão, a maior premiação da história das copas. O campeão da competição ganhará US$ 31 milhões. Para o segundo colocado, US$ 25 milhões. O terceiro colocado receberá US$ 21 milhões.

Sobre o sorteio, foram 8 os cabeças de chave, localizados no pote 1 e colocados entre os grupos A a H. Os demais países ficaram divididos em mais 3 potes. Aqueles que fazem parte da mesma zona continental não poderiam ocupar a mesma chave.

Os grupos para a Copa do mundo ficaram da sequinte forma:

GRUPO A
- África do Sul, México, Uruguai e França.

GRUPO B
- Argentina, Coréia do Sul, Nigéria e Grécia.

GRUPO C
- Inglaterra, EUA, Argélia e Eslovênia.

GRUPO D
- Alemanha, Austrália, Gana e Sérvia.

GRUPO E
- Holanda, Japão, Camarões e Dinamarca.

GRUPO F
- Itália, Nova Zelândia, Paraguai e Eslováquia.

GRUPO G
- Brasil, Coréia do Norte, Costa do Marfim e Portugal.

GRUPO H
- Espanha, Honduras, Chile e Suíça.

Bom, fazendo uma primeira análise sobre os grupos, nota-se um certo equilíbrio em quase todos eles. O Brasil, que tem por rotina ficar em grupos relativamente fáceis, desta vez não teve a mesma sorte. Com exceção da Coréia do Norte, as outras duas seleções serão páreo duro para a Seleção brasileira. Costa do Marfim fez uma excelente Copa em 2006, enchendo os olhos de muita gente. E Portugal, apesar de ter se classificado na repescagem européia, possui bons jogadores, além da estrela Cristiano Ronaldo.

Outro grupo que mostra um certo equilíbrio é o grupo A. Pois além da motivada (mas não excepcional) dona da casa (a África do Sul), França e Uruguai chegam com o rótulo de campeões do mundo, embora isso não represente força atual em ambos os elencos. México completa o grupo, podendo complicar a vida de alguma seleção.

Talvez o grupo teoricamente mais fácil seja o da Inglaterra. Os demais grupos parecem estar bem equilibrados. Porém vale ressaltar que toda a análise prévia e as colocações baseadas na teoria e história das seleções podem ser derrubadas durante o mundial. Surpresas e decepções poderão ocorrer e derrubar qualquer favorito. Agora cabe às seleções se prepararem até a Copa do Mundo para não desapontarem seus países. E ao torcedor, resta esperar o início do maior evento esportivo do mundo.

Por Rudney Guimarães

terça-feira, 1 de dezembro de 2009


Após o desfecho da penúltima rodada do campeonato brasileiro, onde o Flamengo ficou a uma vitória do hexacampeonato, houve um bombardeio de declarações visando somente um clube, o Grêmio. Tudo isso porque o principal rival do Grêmio - o Inter - precisa de uma 'ajudinha' do próprio Grêmio pra ser campeão.

De domingo pra cá está sendo colocada uma enorme pressão sobre o time do Grêmio, como se esse tivesse que vencer o Flamengo de qualquer forma. Então quer dizer que se o Grêmio perder será porque não se empenhou como deveria? E se o Grêmio não perder terá jogado com seriedade? Não poderá o Grêmio jogar de forma séria e perder o jogo? E o Flamengo não poderá ganhar com méritos?


Aliás, cabe ressaltar que o Flamengo vem vencendo seus jogos com empenho e luta, e está a uma vitória do título por méritos próprios. É só olhar a tabela e ver que o clube carioca venceu adversários fortes como Palmeiras e Atlético Mineiro fora de casa.


Quis o destino que o último jogo do Flamengo fosse com o Grêmio, e que o Inter dependesse do seu arquirrival pra ser campeão. E qual a culpa de Flamengo e Grêmio nesse cenário? Nenhum. Afinal o campeonato é por pontos corridos, e todos jogam contra todos. Há uma pressão totalmente desnecessária e imoral, absurda e hipócrita por parte de dirigentes, jogadores e da mídia em geral. Parece que querem manchar o fim do brasileirão mais equilibrado da era dos pontos corridos.

Quem for campeão, será por merecimento. E se for o Flamengo, azar dos outros times que vacilaram mais que ele e não chegaram até a última rodada com a vantagem que o time rubro-negro tem.

O Flamengo não precisa de ajuda de ninguém pra ser campeão. Aliás, o Flamengo só perde esse título pra si próprio, porque se jogar como vem jogando nessa reta final no domingo mais de 35 milhões de torcedores estarão festejando de norte a sul do Brasil.

Por Rudney Guimarães

domingo, 29 de novembro de 2009


O Flamengo conseguiu hoje, na penúltima rodada, uma vantagem que não teve durante todo o campeonato. Com a vitória sobre o Corinthians e a derrota do São Paulo para o Goiás, o Flamengo está agora só depende dele pra ser campeão após 17 anos.

O time rubro-negro conseguiu jogar com paciência e sabedoria. Não correu muitos riscos durante o jogo e foi competente no ataque mesmo sem Adriano no time. Apesar de todas as reclamações sobre uma possível facilitação do time do Corinthians, o que se viu foi um Flamengo inteligente em campo, jogando o feijão com arroz pra vencer a equipe paulista.

Com o discurso 'pés no chão', Andrade deu ao Flamengo uma identidade e um padrão de jogo muito bom. Isso se alia ao bom clima no grupo refletido na na união entre os jogadores. União essa que é essencial para a busca de um objetivo em comum.


Agora falta apenas um jogo e o Flamengo está com uma ótima vantagem, mas terá que entrar com muita seriedade contra o Grêmio no próximo domingo. Se o time for campeão, será com méritos, pois saiu de baixo e chegou ao topo quando muitos não apostavam e sequer cogitavam. Assim como em 2007, o Fla teve uma bela arrancada e contou com a bobeada de outros times durante o campeonato.


O fato é que o Flamengo encheu de euforia e expectativa seu torcedor, carente de um título brasileiro há tanto tempo. Poderá então enfim, trazer de volta ao clube o título nacional mais importante. Só depende dele, o próprio Flamengo.

Por Rudney Guimarães

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Alguns críticos podem dizer o contrário, mas o fato é que este ano o Campeonato Brasileiro está sendo de uma competitividade tamanha que podemos considera-lo como o mais competitivo dentro todos os campeonatos nacionais disputados ao redor do mundo.

Voltando alguns anos atrás nos lembramos de jogos em que equipes da ponta da tabela ganhavam facilmente seus jogos contra os últimos colocados. Era um tempo em que a palavra favoritismo estava muito mais em uso do que hoje em dia. Então, o que dizer nos tempos atuais, em que o Fluminense, antes considerado sem chances de permanecer na 1ª divisão pelos sabichões da imprensa esportiva brasileira, e que hoje vem desbancando os times de cima? O que dizer de um Sport dando muito trabalho ao Palmeiras e arrancando um empate em pleno Estádio Palestra Itália nesta última quarta?

Estes exemplos são os mais recentes de um campeonato com equipes extremamente competitivas, como a do Barueri, uma grata surpresa que apresentou ao Brasil bons jogadores e provou, mais uma vez, que uma boa estrutura pode sim contribuir para se montar times fortes, mesmo sem tradição no futebol.

O bom campeonato deste ano comprovou o que a maioria da imprensa (inclusive este blog), esperava deste ano, quando jogadores importantes retornaram do exterior para o Brasil, e os bons atletas do país permaneceram em suas equipes. São raras as épocas em que país vê isso acontecer, já que é grande a dificuldade dos clubes brasileiros manterem seus jogadores, diante do assédio dos dirigentes europeus.

É impressionante notar que times que brigam para fugir do rebaixamento possuem bons jogadores, como Marcelinho Paraíba e Marcos Aurélio, no Coritiba, Alex Mineiro e Marcinho no Atlético Paranaense e Fred do Fluminense, por exemplo. A força dos times, seja na briga pela ponta, ou na luta contra o rebaixamento, tem proporcionado um “perde e ganha” que vem dando muito mais emoção e expectativa ao torcedor. E, claro, isso trás uma indefinição muito maior do quem tempos anteriores de quem será o campeão, quem estará no G4 ou quais times serão rebaixados.

Se houver melhorias na gestão e estrutura dos clubes a tendência é a de que a força dos times permanecerá nos próximos anos. E a consequência disso é que teremos campeonatos cada vez mais competitivos e com surpresas, não pelo acaso, mas por competência. Cada vez mais a tradição será ameaçada por times pequenos, mas que montam bons times. Essa questão promove questionamentos a respeito dos ultrapassados modelos de gestão de alguns times “grandes” e dá cada vez mais ênfase à organização dos clubes emergentes. Mas é outra história, discutida em outra hora.

Por Danniel Olímpio

domingo, 8 de novembro de 2009



Agora é fato: o Flamengo entrou na briga pelo título do brasileirão 2009. Após a maiúscula vitória sobre o Atlético Mineiro hoje, o Flamengo pulou pra 3ª colocação e está a 2 pontos do líder São Paulo.

Durante toda a semana o técnico Andrade andou dizendo que o empate hoje seria bom. Claro que o Flamengo pensa e tem quer pensar sempre grande, mas a estratégia do Flamengo em manter a humildade nas declarações deu certo. E encarando cada jogo como se fosse o último, o Flamengo foi chegando de mansinho às primeiras posições.


O Flamengo jogou muito bem. Soube se defender, aguentou a pressão do Atlético e foi muito objetivo quando atacou o adversário. Ficou claro que Pet está jogando no sacrifício e só está rendendo no primeiro tempo. E Adriano, apesar do gol e da artilharia, nos últimos jogos vem apresentando um futebol bem abaixo das expectativas.


Andrade mostra sua competência à frente da equipe rubro-negra. Mostra que tem o elenco na mão e que conseguiu aos poucos dar uma cara e padrão de jogo ao Flamengo. O resultado ele está colhendo agora. E faltando 4 jogos pro final, o técnico pode encerrar o ano coroado com um título ou uma vaga na Libertadores 2010.


O Flamengo consegue manter, enfim, uma boa regularidade no campeonato, superando as ausências de jogadores suspensos e/ou machucados. E ao ganhar hoje de um concorrente direto, o rubro-negro mostra força e superação, surpreendendo e desbancando clubes de que antes se esperavam melhores campanhas que a do Flamengo até agora.

Embora o campeonato ainda não tenha terminado, é bom o Flamengo já ir se mexendo em busca de reforços pra 2010, principalmente para um armação à altura do Pet, que com certeza não alongará muito sua carreira.


Resta ao Flamengo continuar focado. Com um futebol bastante coletivo, e após os bons resultados, o clube vai enchendo a torcida de esperanças nesta reta final. Agora, o título é uma realidade, mas o time deve seguir com humildade. O Flamengo chegou e está na briga, entretanto não é o favorito ao título, mas está próximo de uma vaga na Libertadores.


Por Rudney Guimarães

terça-feira, 3 de novembro de 2009



Sem dúvida a partida mais esperada da rodada é Atlético Mineiro e Flamengo. As posições em que as duas equipes ocupam na tabela do campeonato fazem com que essa partida tenha ares de decisão. A mobilização das duas torcidas já se mostra atuante e a expectativa vai crescendo com o passar dos dias.

Tanto o Atlético, quanto o Flamengo poderiam estar com uma pontuação melhor. O primeiro foi líder durante várias rodadas. O segundo começou mal o campeonato mas se recuperou e chegou pela primeira vez no tão cobiçado G-4 agora, na 33ª rodada. Agora os dois times medem forças no Mineirão, e a depender do resultado, as pretensões de ambas as equipes poderão ser reforçadas ou diminuídas.

O Flamengo de 2007 pra cá vem brigando pelas posições que dão direito à vaga na Libertadores. Uma vitória neste jogo de domingo o deixará com ótimas chances de mais uma vez conseguir a vaga tão sonhada. Um empate não será um resultado ruim e uma derrota não será o fim do mundo pois o time ainda seguirá com chances.

Já o Atlético Mineiro vem surpreendendo no campeonato e enchendo de sonhos a sua torcida. A melhor colocação da equipe na era pontos corridos foi um 7º lugar em 2003. E o clube ainda foi rebaixado em 2005. Neste ano, o clube mineiro faz uma campanha que o permite sonhar novamente com a Libertadores.

Pelo simples fato do jogo ser no Mineirão, é evidente que a primeira iniciativa vai ser do Atlético Mineiro. Fazendo uma pré-análise, é óbvio o fato do Atlético ir pra cima e tentar abrir o placar rapidamente, principalmente contando com o apoio inflamável da sua torcida.

Por outro lado, sabe-se que apesar do fator casa dar um ligeiro favoritismo aos mineiros, o Flamengo entra em campo focado no mesmo objetivo do Atlético. A priori, o jogo será difícil, mas a posibilidade de um clube ou outro se perder na partida e acabar fazendo uma péssima apresentação existe.

Contudo, é um jogo de atenção nos 90 minutos - e mais os acréscimos. O futebol poderá não ser dos melhores, mas com certeza disposição não irá faltar de ambos os lados. Afinal de contas, a vitória dará moral a qualquer equipe para as 4 partidas finais.

Haverá ainda o duelo entre dois jogadores que disputam rodada à rodada a artilharia do Brasileirão. Tardelli e Adriano vêm decidindo jogos para seus clubes e poderão brilhar no confronto de domingo, ou não. Embora sejam os goleadores de suas equipes, outros bons nomes estão presentes tanto no Atlético quanto no Flamengo. Ricardinho naquele, e Petkovic neste são exemplos.

Para o Atlético, vale a firmação da boa campanha, mesmo após alguns deslizes durante a competição. Para o Flamengo, vale a continuação no G-4, confirmando a boa recuperação da equipe. Promessa de uma grande partida, com Mineirão lotado (todos os ingressos foram vendidos) e dois clubes brigando pelas primeiras posições. É aguardar e conferir.
Por Rudney Guimarães


Desde que o sistema de pontos corridos foi implantado no principal campeonato do Brasil, talvez esse de 2009 seja o mais equilibrado. Faltam 5 rodadas e a briga pelo título ou a tentativa de fuga do rebaixamento vai mexendo com o sentimento dos torcedores e criando um clima de decisão a cada rodada.

O equilíbrio entre os clubes pode ser argumentado pela irregularidade, pois cada equipe teve um momento de queda de rendimento durante o campeonato. E isso em certo ponto é normal, tendo em vista diversos fatores que ocorrem e que acabam influenciando no desempenho dos times. Contusões, saída de jogadores na janela de transferência internacional são alguns deles.


O fato é que alguns clubes começam bem e depois pioram seus desempenhos. Outros fazem o caminho inverso. Hoje, nota-se que tanto na parte de cima, quanto na parte de baixo, existem clubes que se não tivessem uma queda de rendimento ou deixado escapar pontos considerados mais 'fáceis' ou 'obrigatórios', estariam em melhor situação.


Um ponto negativo nessa corrida dos pontos tão preciosos é o fator "erro de arbritragem". Sem dúvida alguns pontos preciosos se vão devido aos erros de árbritos. É algo que sempre gera reclamação, mas que mesmo assim irá acontecer sempre.


O certo é que os clubes têm que correr em dobro quando se perdem pontos inaceitáveis, como derrotas ou empates em casa, contra times considerados 'pequenos'. E nessa altura do campeoanto não adianta chorar por pontos perdidos. É hora de encarar cada partida como uma verdadeira final. Caso contrário ficará difícil chega a um objetivo.

E neste ano teremos um campeão com o menor número de pontos em relação aos anos anteriores, levando em conta as edições em que 20 clubes disputaram o campeonato - de 2006 pra cá. O São Paulo foi campeão nos anos de 2006, 2007 e 2008 com 78, 77 e 75 pontos respectivamente. Neste ano o tricolor paulista, assim como o Palmeiras - líderes até o momento - só poderão chegar aos 73 pontos, caso vençam as 5 partidas restantes.

Com alguns confrontos diretos e partidas entre times da parte de cima e times que brigam pra não cair, é certo de que uma ou outra surpresa poderá acontecer. Existem os favoritos ao título e ao temido rebaixamento, mas pra quem ainda luta por alguma coisa no campeonato, nada está perdido. Por isso as 5 rodadas finais garantem emoção de sobra para os torcedores. É acompanhar e torcer.

Por Rudney Guimarães

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Acabou a invencibilidade do Flamengo. Depois de 10 jogos invicto pelo brasileirão, o time perde para o Barueri no momento em que toda a sua torcida esperava mais um triunfo. Além de não entrar no tão sonhado G-4, o Flamengo ainda foi ultrapassado pelo Cruzeiro no número de vitórias.

O fato é que por melhor momento que o Fla atravessasse, uma hora o time ia perder. E como faz costumeiramente, o rubro-negro acaba fazendo grandes exibições, vencendo partidas contras os times de maior expressão - São Paulo e Palmeiras são exemplos - e por outro lado, acaba não apresentando o mesmo futebol contra equipes menores.

Assim como o próprio Andrade disse, essa derrota não estava programada. Mas como vencer uma partida apresentando um péssimo futebol? Contra o Botafogo o time também jogou mal, mas venceu, graças a um lance brilhante de Adriano. Mas ontem nem isso aconteceu.

O Barueri merece todos os méritos, pois forçou uma marcação que deixou o Fla sempre recuando a bola e dando chutão pra frente. E o clube paulista só não fez mais gols por conta de boas defesas de Bruno e também porque não atacou mais. Afinal de contas o Barueri não teve dificuldades em atacar o Flamengo.

Por outro lado, a escalação inicial do Flamengo não foi das melhores. Querendo ou não, Andrade mexeu no estilo da equipe ao entrar com 4 volantes. Seria mais fácil colocar um meia, o Erick Flores e 2 atacantes. Mas independente da escalação, o time não rendeu o esperado, e dois jogadores demonstraram estar fora de sintonia com a equipe: Dênis Marques e Juan.

Vale ressaltar que os laterais do Flamengo há tempos não fazem uma boa exibição. Léo Moura e Juan não são nem sombra daqueles laterais que outrora foram os melhores do campeonato. Ambos precisam melhorar bastante, pois são peças importantes no time.

Muito se comemorou sobre a volta da dupla de zaga titular pro jogo de ontem. Mas os dois gols tiveram participação dessa dupla de zaga. No 1° gol o Álvaro foi afoito na marcação e acabou tomando um chapéu do adversário. No 2° gol o Angelimestava marcando o Ewerton que tabelou e saiu sozinho na frente do goleiro Bruno, sem a marcação do zagueiro que deveria ter acompanhado.

O Flamengo errou muitos passes. E nas confições do jogo, com o time preso na boa marcação do Barueri, a bola parada poderia ter sido a melhor jogada a ser buscada pelo Flamengo. Mas nem nesse quesito o rubro-negro foi bem. Os escanteios foram todos mal batidos, sempre na primeira trave e de forma rasteira, dando nos pés do defensor adversário.

É óbvio que o time sentiu a falta de Pet, mas isso não é descupa pela derrota. Aliás, tendo em vista que o Pet já está com 37 anos e próximo de encerrar a carreira, o Flamengo já deveria estar pensando num jogador para ocupar a vaga que será deixada pelo Pet. Pois antes de sua chegada, o Fla há tempos precisava de um 'camisa 10' que não chegava. Encontrou o Pet, digamos que até por acaso.

Ainda bem que o time do Flamengo, mesmo com 10 jogos sem perder, manteve a humildade e não falou em título, dando um passo de cada vez. Se não fosse assim, hoje estariam sendo massacrados pela mídia e por torcedores rivais. Era sabido que nada seria - nem será daqui da frente - fácil e que as dificuldades iriam aumentar. Daqui pra frente vai ser uma decisão atrás da outra.

Claro que nada está perdido. Para o título, é bom o Flamengo continuar sem pronunciá-lo, pois tem equipes em melhores condições de disputá-lo. Mas a briga pelo G-4 continua e outras equipes irão tropeçar nas últimas rodadas e as posições ainda irão se alternar.

Mas o Flamengo terá que se redimir de suas duas últimas apresentações se quiser almejar um bom lugar no término do campeonato. A equipe não pode perder o foco e terá que se superar mesmo com a ausênia de um ou outro jogador importante.

Ah, não podendo se esquecer de um ponto positivo pro Flamengo: a torcida. Realmente é impressionante a presença dos torcedores do Flamengo pelos estádio do país. E pro jogo de sábado, em dois foram vendidos 35 mil ingressos. Será que essa derrota irá desanimar a torcida? Acredito que não.

Por Rudney Guimarães

terça-feira, 27 de outubro de 2009



O técnico Dunga convocou hoje 23 jogadores para os amistosos contra a Inglaterra e Omã, dias 14 e 17 de novembro, respectivamente. Na lista ficaram de fora os jogadores que atuam no Brasil e que ultimamente vêm fazendo parte das convocações do treinador.

Ao analisar o nome dos jogadores a cada convocação, fica claro que Dunga já tem uma 'espinha dorsal' montada. A lateral esquerda é o setor que parece mais preocupar Dunga e até o momento está até o momento sem dono. Daí a convocação de Michel Bastos e Fábio Aurélio. Talvez esse seja o único setor onde poderá haver surpresa na convocação final.

Todos sabem que os amistosos são importantes para a preparação de uma seleção. Em alguns amistosos, a depender do adversário, o jogo acaba sendo um atrativo, o que não se pode dizer no confronto da seleção brasileira e a seleção de Omã.

Em se tratando de uma reta final de Campeonato Brasileiro, Dunga acertou no planejamento em que se deixou de fora os jogadores que atuam aqui no Brasil. E nessa altura do campeonato, numa reta final que promete ser eletrizante, o torcedor pouco se importa com 'meros amistosos' da seleção e quer ver o craque do seu time atuando pelo clube.

Na convocação para as duas últimas rodadas das eliminatórias, muitos torcedores não gostaram do fato de ter seus respectivos clubes desfalcados. Mas naquele momento Dunga se ausentara de culpa, afinal o calendário brasileiro é que possui falhas, pois em semana de jogos de seleção o campeonato brasileiro não para, porém, deveria.

Em suma, os amistosos - repito - serão importantes para que Dunga possa tirar possíveis dúvidas que ainda rondam sua cabeça. No mais, o torcedor brasileiro no momento está focado no brasileirão e a seleção com certeza está em segundo plano. Essa convocação só empolgou àqueles que foram lembrados pelo treinador e que levarão os últimos amistosos do ano como jogos de Copa do mundo, pare que no ano que vem possam disputá-la de fato.

Por Rudney Guimarães

domingo, 25 de outubro de 2009


Há algumas rodadas atrás o Palmeiras liderava o brasileirão com uma certa folga. Hoje, após os resultados da 31ª rodada, o time de Muricy sente a pressão de vários clubes que, ao contrário do próprio Palmeiras, venceram seus jogos e diminuíram a vantagem do clube paulista.

Enquanto Goiás e Grêmio caíram de produção, Flamengo e Cruzeiro vão vencendo e encostando no pelotão de frente. São Paulo e Inter se recuperaram e o Atlético Mineiro agora é vice-líder. Desta forma, Palmeiras, Atlético Mineiro, Inter, São Paulo, Flamengo e Cruzeiro surgem como fortes candidatos ao título. O Goiás pode voltar a sonhar caso reaja na próxima rodada, quando enfrenta o Palmeiras.

Assim como o Flamengo (10 jogos sem perder), o Cruzeiro mostra uma boa recuperação no campeonato, e ao bom estilo mineiro, vem chegando de mansinho, e já aparece na 6ª colocação. Além do mais, o Cruzeiro é o único clube que não vai enfrentar clubes que brigam pelo título. Ao invés disso, o clube mineiro vai enfrentar 3 clubes que estão brigando pra não cair, e dos 7 jogos restantes, 4 são em casa, podendo assim pintar como surpresa nas primeiras posições.


Já o Atlético Mineiro, clube mais carente do título brasileiro (ganhou na 1ª edição, em 1971), vai enfrentar 3 clubes que brigam com ele pelo título - Flamengo, Inter e Palmeiras. Uma vantagem teórica é que o galo enfrenta Flamengo e Inter em casa. Nesses 3 confrontos, algum clube pode dar adeus ao título ou ficar mais próximo dele.


O Sport está de baixo da tabela, e luta pra não cair. Mas o time pernambucano irá enfrentar 4 dos 6 primeiros colocados no momento, podendo desta forma atrapalhar alguém nessa reta final. E o Corinthians, que há muito tempo está de 'férias' no campeonato, terá pela frente 3 jogos contra Flamengo, Atlético Mineiro e Palmeiras.


O que se pode esperar é uma reta final de campeonato muito disputada e com grandes espetáculos nos confrontos envolvendo os times que brigam pelo título. Ainda há tempo para reviravolta e uma troca de posições entre os 6 ou 7 primeiros é previsível. Será o fim de campeonato mais eletrizante da era dos pontos corridos. Graças ao Palmeiras, que após 4 jogos sem vencer, deu ânimo e gás pra que as demais equipes se entusiasmassem no campeonato. Por enquanto está tudo indefinido e a briga pelo título vai ser boa.


Por Rudney Guimarães

segunda-feira, 19 de outubro de 2009



A arrancada do Flamengo vem sendo espetacular. O clube chegou à marca de 9 jogos de invencibilidade e já figura como real postulante a uma das vagas para a Libertadores do ano que vem. Pensar em título? O próprio Andrade diz que não. E assim o Flamengo vai chegando ao pelotão de cima de mansinho, vivendo o presente e lutando jogo a jogo para que consiga uma recompensa no futuro.

Sem dúvida a contratação de Maldonado e Álvaro foram muito importantes para fortalecer o elenco. O time ficou mais incorpado, e Andrade conseguir dar um padrão de jogo a ele, e o entrosamento vai ficando evidente nos jogos do Flamengo. O time ainda conta com Adriano, que vem fazendo gols e comandando o ataque rubro-negro. mas sem dúvida a figura mais notável no momento é o Petkovic. Aos 37 anos, o jogador deixou todos que duvidavam do êxito da sua contratação com um enorme prazer em vê-lo jogar.


Petkovic confessa que o futebol que ele próprio vem apresentando está surpreendendo a si próprio. O jogador vem desequilibrando nos jogos e sem dúvida é o camisa 10 que o Flamengo precisava, apesar do jogador atualmente jogar com a 43. Pet sempre foi idolatrado pelos flamenguistas e apesar de ter rodado por outros clubes, o jogador sempre mostrou identificação com o Flamengo. Aliás, esse foi um ponto fundamental para que o jogador pudesse obter sucesso na sua nova passagem pelo Flamengo. Sem boas passagens por Santos, Goiás e Atlético Mineiro, Petkovic encontra no clube carioca novamente uma boa fase, e que a idade pouco importa pra quem realmente tem talento.

Independemente do final do campeonato para o Flamengo, Petkovic já mostrou que seu talento é indiscutível e que sua contratação não foi apenas uma jogada financeira/econômica do clube. O gringo está dando muitos mais frutos. Contratado em maio, Pet começou ficando no banco e logo conseguiu um lugar na equipe titular, com méritos. Com os 2 gols contra o Palmeiras, Pet chegou aos 6 gols no campeonato, igualando a alguns ataques de ofício, como Kléber do Cruzeiro, Dagoberto e Borges do São Paulo.

Alguns jornais de seu país de origem, a Sérvia, se renderam ao talento do meio deram destaque à sua boa fase no Flamengo. O futebol apresentado por Pet é uma prova de que a idade pode influenciar na condição física, mas não na técnica, na habilidade, pois isso ele tem de sobra. Quem não se lembra de Romário, artilheiro do campeonato brasileiro aos 39 anos de idade?

Petkovic ignorou os críticos e incrédulos e deu uma prova de que quem mostra vontade e dedicação, consegue bons resultados. E a torcida do Flamengo está em estado de graça com suas atuações. Mas sem dúvida alguma, ver um jogador apresentar um bom futebol aos 37 anos, encanta qualquer torcedor.

Por Rudney Guimarães

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Faltando apenas 9 rodadas para o fim do campeonato brasileiro, o equilíbrio entre os clubes continua. Equilíbrio relativo à posição/número de pontos que cada clube conquista no decorrer das rodadas. Fato que resume bem a competitividade do brasileirão de pontos corridos. Apesar dos 5 pontos de vantagem até o momento do líder Palmeiras, nada pode ser descartado nessa reta final.

Um dos fatos que ajudam a justificar o equilíbrio é a falta de regularidade dos clubes. Essa regularidade é perdida ao longo do campeonato dcvido a diversos fatores. Contusões, suspensões, perda de jogadores na janela internacional, disputa de outros campeonatos paralelamente são motivos que fazem um clube perder uma boa sequência de jogos.

O Atlético Mineiro, que liderou o campeonato por diversas rodadas é um bom exemplo. Perdeu pontos importantes quando concorrentes diretos deram chances pra que os ultrapassasse. Assim como o Inter, citado por muitos no início do campeonato como um dos favoritos e que recentemente optou por demitir Tite devido à baixa no rendimento da equipe.

Flamengo e Cruzeiro finalmente se mostraram dispostos no campeonato e, só não estão em posições melhores devido ao ruim início de campeonato de ambas as equipes. Porém os dois clubes aparecem na briga por uma vaga na Libertadores. Se as próximas rodadas forem semelhantes às ultimas rodadas que todos presenciaram, essas equipes podem figurar entres os 4 primeiros, roubando vagas dos que patinam na parte de cima da tabela. Ou as equipes de cima podem acordar e recuperar o fôlego para seguir bem até o final.

Um bom planejamento para um campeonato longo como o brasileirão é muito importante para auxiliar um clube rumo ao êxito. Agora, faltando 9 rodadas, a força e a superação irão falar mais alto, representadas pela determinação dos jogadores em campo. Alguma surpresa poderá acontecer até dezembro, seja na briga pelo título, Libertadores e/ou rebaixamento. A reta final do campeonato de 2009 surge como uma das mais disputadas na era dos pontos corridos, um prêmio (carregado de emoção e aflição) para o torcedor.

Por Rudney Guimarães

quinta-feira, 10 de setembro de 2009



Quando Dunga foi anunciado o novo técnico da Seleção brasileira, pouca gente pensou que ele chegasse a ter um retrospecto tão bom como o atual. Após as duas últimas rodadas das eliminatórias, onde o Brasil derrotou Argentina e Chile, ficou mais que provado que Dunga foi uma aposta da CBF que deu certo. Uma série de 12 vitórias seguidas e a vaga para a Copa do mundo com 3 rodadas de antecedência aumentou o crédito de Dunga com os brasileiros.

O próprio treinador por diversas vezes andou falando sobre os críticos, que duvidavam de seu trabalho. Na última semana, Dunga chegou a dizer que agora, após seus bons resultados, muitas pessoas se aproximaram dele como se fossem melhores amigos. Sem citar nomes, Dunga deixa implícito em suas declarações, o seu desdém em relação aos que o criticaram desde sua posse no comando técnico. Dunga deu a eles uma resposta à altura, traduzida em bons resultados.

E a satisfação de Dunga com o próprio trabalho é enorme. E não poderia ser menor. Conquistar uma Copa América, uma Copa das Confederações e classificar a Seleção para a próxima Copa é uma campanha excepcional, ainda mais porque se trata do Dunga, que assumiu a empreitada sem experiência alguma como treinador. Daí a desconfiança de muitos. Mas tal desconfiança perdeu força com o passar do jogos, e acabou se transformando em simpatia e reconhecimento.

Ainda faltam duas rodadas para o fim das eliminatórias. Apesar de classificado, o treinador deixa claro que pretende fechar o ano ganhando. E o treinador tem razão. É preciso terminar bem esse ano antes de se iniciar a preparação para a Copa do mundo. E as duas últimas parrtidas servirão para ajudar Dunga a ir fechando o elenco que aliás, já possui uma boa base já formada. Poucos jogadores deixaram esse grupo dando lugar a novos 'sortudos'. Portanto, veremos pouquíssimas surpresas. Quem se sair bem nos dois jogos que restam poderá carimbar o passaporte pra África do Sul.

Resta ao técnico Dunga, seguir sua linha de trabalho que até então vem dando certo, sem se importar com quaisquer comentários - como ele sempre fez. Seu sucesso é merecido, e seu trabalho é digno de elogios, afinal, Dunga deve ser julgado pelos seus resultados, e tais resultados já estão ultrapassando (se não já ultrapassou) o status de surpresa e se tornando eficiência, graças a um planejamento sério e focado nos bons resultados.

Por Rudney Guimarães

quarta-feira, 2 de setembro de 2009



A péssima situação do Fluminense no campeonato brasileiro fez com que o clube trocasse mais uma vez de treinador. E pra surpresa de muitos - e eu me incluo nesse grupo - o novo técnico é o Cuca. Todos achavam que ele ficaria longe da profissão de técnico até o fim deste ano, mas (sabe-se lá por qual motivo) eis que de repente o Cuca aceita a difícil missão de salvar o tricolor carioca do rebaixamento. Mas, deixando de lado a decisão do Cuca em assumir essa árdua missão, vamos ao que interessa.

Quando se pensa em crise, se pensa em administração, má administração. O Fluminense ao longo do campeonato fez contratações sem nenhum planejamento, que acabam sendo jogadas à roleta, podendo obter êxito ou não. Talvez um ou mais jogadores poderiam trazer bons benefícios ao clube, mas se contratados na hora certa, com o ambiente favorável e não por decisões precipitadas decorrentes do desespero de um insucesso. Em meio às últimas contratações feitas pelo clube, sai uma declaração de Renato Gaúcho dizendo que os jogadores que já estão no elenco sofrem com 3 meses de salários atrasados. O clube também atravesa um momento político delicado. A oposição prepara um pedido de impeachment do presidente Roberto Horcades. Como podem ver, fatores para que o ambiente de trabalho seja desfavorável não faltam.

Na rodada atual (22ª rodada), o Fluminense ocupa a última posição da tabela com 16 pontos. Uma campanha pífia que obriga o time a reagir o quanto antes se quiser fugir da série B, local já conhecido pelo clube das Laranjeiras. O primeiro time além da zona de morte é o Santo André, com 24 pontos. Uma breve análise - e comparação - entre a campanha do Fluminense e do Santo André mostra a posição delicada que o clube carioca se encontra.

- O Santo André tem 6 vitórias, sendo que 3 delas foram fora de casa;
- O Fluminense tem apenas 3 vitórias, e todas como mandante;
- O Fluminense é o 2º time que mais errou passes no campeonato, 811;
- Nas finalizações, o Santo André ocupa a 10ª posição, enquanto que o Fluminense é o penúltimo (19º);
- Sem contar que o Fluminense tem a 6ª pior defesa e um saldo negativo de 14 gols contra 9 negativos do Santo André.

Sobre os números acima, percbe-se que o leve retrospecto positivo do Santo André em relação ao Fluminense explica a situação de cada um na tabela. Ambos estão ameaçados, claro, mas 3 vitórias a menos e nenhum triunfo fora de casa acabam sendo fatores crueis e determinantes para a lanterna estar nas mãos do tricolor carioca.

Números tão desfavoráveis geram uma pressão imensa em cima do grupo do Fluminense. Aliado aos maus desempenhos dentro de campo, a desorganização fora dele ajuda a aumentar a dificuldade do clube sair do caos em que está. Aliás, uma coisa está ligada à outra.

O fato é que matematicamente ainda há salvação para o Fluminense, e Cuca irá mostrar aos jogadores justamente isso, que ainda dá pra escapar da série B. Assim como o Avaí teve uma ótima sequência de invencibilidade, resultando num enorme salto de posições na tabela, o Fluminense pode obter semelhante arrancada. No domingo a equipe enfrenta um concorrente direto na zona de baixo, o Náutico, no Maracanã. Será o início de uma recuperação?

Por Rudney Guimarães

segunda-feira, 3 de agosto de 2009



O Campeonato Brasileiro vai se aproximando da sua metade. Faltam 3 rodadas para o fim do 1º turno, e ao longo das 16 rodadas disputadas até agora deu pra perceber e/ou deduzir o que cada equipe de fato buscará até o término do campeonato. Não irei falar de demissões de técnicos porque isso é normal no Brasil. Portanto, a análise mais interessante é a que se faz visando a trajetória dos clubes até o momento. É relativo dizer que o campeonato ainda está no início ou que o mesmo já está numa fase bastante adiantada. Tudo depende das equipes observadas e suas posições na tabela e, claro, do futebol que cada uma vem apresentando. Se uma equipe demonstra crescimento nos últimos jogos, sua perspectiva positiva aumenta, por exemplo. Mas isso pode mudar em questão de rodadas.

As equipes devem buscar manter a regularidade. Mas isso é uma meta difícil de ser alcançada com sucesso. Nesse campeonato algumas equipes não vêm mantendo a regularidade e ainda por cima sofrem com um jejum sem vitórias. Estas duas questões podem ser notadas ao olhar a tabela. Times regulares, estão no topo, como Palmeiras, Atlético Mineiro e Goiás. Estes 3 clubes entraram em campo mais dedicados que os demais, buscando sempre a vitória. Vale ressaltar o bom trabalho de Celso Roth no Atlético-MG e Hélio dos Anjos no Goiás, além da chegada de Muricy Ramalho no Palmeiras.


Os clubes que não mantêm a regularidade vem no pelotão do meio. Tanto é, que do 4º colocado, o Inter, para o 13º, o Botafogo (último da zona da sulamericana) a diferença é de apenas 8 pontos. Digo apenas porque como a regularidade não vem sendo rotina de muitos clubes, essa diferença não é tão difícil de ser tirada. Grêmio e Vitória são fortes quando jogam em casa, mas pecam quando saem pra jogar nos campos adversários. É preciso vencer fora se quiser almejar um bom lugar na tabela de classificação. Os clubes que estão no pelotão do meio alternam boas e más partidas, o que dificulta a chegada até o topo. A surpresa desse grupo intermediário é o São Paulo, que vinha mal no campeonato mas vem se recuperando. Venceu as últimas 3 partidas e se pegar o embalo do ano passado, pode pintar como possível candidato ao título.

Por outro lado, alguns clubes já alcançaram recordes muito negativos e se não reagirem, poderão ver a última cada vez mais perto, e cada vez mais desesperadora. Começar o campeonato pontuando bem é essencial para não passar sufoco ao longo dele, embora muitos clubes começam mal e acabam se recuperando. Isso soa tão óbvio, mas muitos times acabam pecando no início e se desesperando do meio pra frente. Os quatro últimos hoje, poderão ser - ou não - os rebaixados no final do ano. Por enquanto ainda há tempo de Fluminense, Sport, Náutico e Atlético Paranaense mudarem esse panorama. A péssima campanha deles demonstra que a falta de competência pode trazer resultar em situações indesejáveis.

Existem explicações pra clubes tradicionais estarem pontuando tão mal e rendendo menos que times menos tradicionais ou estreantes? Sabe-se que o ambiente fora de campo ajuda muito, mas pode atrapalhar em dobro. Mal planejamento faz com que o andar da carruagem não seja na velocidade em que se desejava no início da trajetória de cada clube. Entenda mal planejamento como um conjunto de coisas, como erro na contratação de algum(ns) jogador(es); apostas frustadas em técnicos, como também a demissão sucessiva como justificativa pro mau desempenho (em alguns casos justifica); salários atrasados; desordem interna; briga política; briga de egos; falta de comando; dentre outras coisas.

Quem acompanha o campeonato rodada à rodada, percebe que mudanças acontecem, lentas ou não. Reações surgem de repente e decepções teimam em se alongar. O fato é que quanto mais organização, mais chances de se obter êxito. Soluções paleativas ao longo do campeonato às vezes dão certo, como a contratação de um técnico que chega conhecido como 'o salvador da pátria'. Mas é arriscar sem ter certeza no sucesso, é uma tentativa desesperada de solucionar o problema.

Por fim, finalizo com mais um problema para os clubes, a janela de transferência. Muitos clubes vão bem até o fechamento da janela, e depois acabam perdendo rendimento . Por esse motivo, apostar em algum clube é algo impensável no momento. Na verdade já seria sem ela, pois manter uma regularidade ao longo de 38 rodadas é algo muito difícil. Se a diferença de pontos entre os clubes se manter baixa, surpresas poderão acontecer até dezembro. Até lá muita coisa irá acontecer dentro e fora dos gramados, mas que dá pra perceber uma leve superioridade de alguns clubes pra outros, isso dá.

Por Rudney Guimarães

quarta-feira, 29 de julho de 2009


É, a boa fase da seleção também tem provocado atitudes positivas por parte do técnico Dunga. Muito cobrado por sua teimosia e incoerência nas substituições e convocações, na última convocação para o amistoso contra a Estônia o treinador deu bons sinais de que tem mudado de atitude. Ele deixou de fora o atacante Alexandre Pato e o lateral-esquerdo Kleber, ambos em má fase, convocando Diego Tardelli que vem mantendo uma boa regularidade no Atlético, tanto de gols, como de boas atuações, e o lateral Marcelo, do Real Madrid. Este último teve boa participação nas Olimpíadas o ano passando, sendo um dos poucos a se destacar pelo Brasil na competição. Não deu prosseguimento na Seleção principal porque vinha jogando no meio-campo pela equipe madrilena.


Pouco antes, na Copa das Confederações, o treinador brasileiro já havia tido uma postura coerente, quando sacou o lateral-esquerdo Kleber, pouco participativo, e entrou com André Santos que vinha atuando bem.


Essas atitudes, e outras que dizem respeito ao não privilégio de certos jogadores são importantes para que se reafirme que a única estrela deve ser a própria Seleção Brasileira. Isso contribui para se acabar com as vaidades que tantas vezes prejudicou o time brasileiro. Além disso, a coerência na convocação e escalação faz com que o time tenha sempre o melhor em campo. O que se espera é que jogadores que atuam apenas com a imagem do que já foram estejam cada vez mais longe da Seleção, e que algum comando firme e coerente permaneça, diante de um emaranhado de vaidades e interesses que paira sobre a CBF.


Por Danniel Olímpio

sábado, 4 de julho de 2009



Muito se fala da desorganização do Clube de Regatas do Flamengo e da péssima administração por parte da diretoria. E esse não é um problema atual, já vem de longa data. Quem acompanha a mídia esportiva e em particular as notícias do Flamengo, percebe que sempre algo conturbador está acontecendo no clube. E tudo isso só acontece devido aos fatores extracampo, aliado às más administrações que vêm se perpetuando na Gávea.

Sabe-se também, que por se tratar do clube mais popular do país, as notícias vindas do Flamengo, acabam repercutindo bem mais do que em qualquer outro clube. Um bom exemplo é o atraso de salários. Diversos clubes convivem com este problema, mas no Flamengo este assunto sempre é veiculado com mais ênfase e espetacularização. Mas, deixando de lado esse fator negativo que pesa sobre o clube, o fato é que decisões - ou a falta delas - tomadas dentro do rubronegro carioca, acabam fazendo com que a repercussão venha à tona. A desorganização dentro do campo reflete diretamente no desempenho do time dentro de campo.

Conhecida pelas más administrações, a diretoria do Flamengo vez em quando surge em evidência diante de certos acontecimentos dentro do clube. E o que não faltam são assuntos para argumentar este assunto. Só pra citar, nas últimas semanas diversos acontecimentos deram margem aos questionamentos sobre a direção do clube da Gávea. O aparecimento do volante Ives foi um deles. O atleta apareceu no campo de treinamento, com uniforme de treino, como um suposto novo contratado. Pouco mais tarde o dirigente Kléber Leite comentou que o clube não teria acertado nenhum contrato com Ives. O jogador é amigo de Adriano, e logo surgiu a notícia de que ele teria chegado à Gávea por indicação do imperador.

Este fato supracitado é apenas um dos muitos desencontros entre a própria diretoria do Flamengo. Não bastasse a falta de informação entre membros internos no clube, a falta de comunicação entre os setores não nos leva a outra justificativa senão à falta de comando. As decisões tomadas no Flamengo sempre se esbarram em contradições. A verdade é que o rubronegro carioca dá motivos para ser falado, para ser criticado, e principalmente, para ter sua imagem manchada, o que lhe tira qualquer porcentagem de credibilidade. Essa credibilidade acaba sumindo, por exemplo, diante de uma tentativa de compra do volante Ibson, junto ao Porto de Portugal. Famoso por nunca ter dinheiro (apenas dívidas), o Flamengo se vê diante de um receio do clube português, pois ainda deve o valor do atual empréstimo do jogador.

Agora com Adriano, o time já sofre com demasiado assédio da mídia. Nesta semana em mais uma falta ao treino, o clube novamente sofre com críticas sobre a sua direção. A falta de justificativa plausível reforça na diretoria o status de 'bagunçada'. O clube dá a perceber que o amadorismo ainda faz parte da diretoria, e que o comando do Flamengo encontrasse enfraquecido, quiçá inexistente. Isto deixa em dúvida se a diretoria tomará decisões diante de indisciplinas, sejam elas vindas de Adriano ou qualquer outro atleta.

Seja no Flamengo, ou no Ivinhema, o profissionalismo é indispensável. Com ele qualquer decisão interna a ser tomada tem grande chances de se obter êxito. No clube, é visível a desorganização geral fora de campo, mesmo que a diretoria tente mostrar o contrário e/ou mesmo com algumas boas decisões tomadas ultimamente. Ao Flamengo falta muito para se chegar a um nível profissional de direção. Faltam pessoas de pulso firme, que saibam conduzir o clube como tem que ser, que coloquem diante de todas as decisões o fato de que tudo deve ser unicamente para o bem do clube carioca. Quem sabe o próximo presidente do clube tenha essa visão e principalmente, tome decisões mais profissionais do que as que vemos hoje, trazendo de volta o respeito que o Flamengo precisa.


Por Rudney Guimarães

sexta-feira, 26 de junho de 2009



O clube mais popular do país começa a dar um passo rumo ao tão sonhado progresso. O Flamengo assinou nesta sexta, dia 26, junto ao CFZ, Clube de Futebol do Zico, um protocolo de intenções, visando a compra do clube fundado pelo maior ídolo do time rubro-negro. A Fundação Getúlio Vargas irá avaliar o valor do CFZ num prazo máximo de 90 dias, e então o Flamengo deverá apresentar um projeto de compra em até dois meses. Logo abaixo está a planta do Centro de treinamentos do CFZ.


divulgacao/divulgacao

A mudança do modelo de gestão do Flamengo visa transformar o clube em empresa, e mostra uma nova perspectiva para o futuro do clube. Afundado em dívidas e com passado marcado por péssimas adminstrações, o clube tenta fazer algo que possa mudar a sua realidade. Além do mais, o Flamengo sonha entregar a administração do futebol ao seu maior ídolo, Zico.

O Flamengo enfim, começa a pensar em mudanças para o bem do clube. Mas ainda falta acabar com os desentendimentos entre a diretoria. Todos devem pensar unicamente em tomar atitudes que venham beneficiar o Flamengo. O que se vê são decisões tomadas por uma parte, que ao mesmo tempo são criticadas e ignoradas por outra. A visão que se deve ter é que acima de tudo e de todos está o Flamengo. Se não for assim, qualquer posição a ser tomada, pode não ter o efeito desejado/esperado.

A aproximação de Zico com o Flamengo é um ponto positivo para o clube. A demonstração de querer mudar a administração atual, atrai os olhos da sociedade como um todo. É uma jogada ambiciosa que pode trazer bons frutos ao clube a longo prazo. Além do mais, a possível vinda de Zico para a administração do Flamengo pode trazer de volta a credibilidade perdida após tantos anos. Isso pode atrair mais investidores e, principalmente, mais sócios, tendo em vista que a falta de confiança na diretoria que hoje impera no rubro-negro é um motivo para que milhares de torcedores não participem financeiramente com o clube.

Portanto, é indiscutível a importância do projeto para o futuro do Flamengo. Se tudo der certo, o clube poderá readiquirir a dignidade e respeito outrora esquecidos. Cabe aos homens responsáveis pela condução administrativa do clube pensar unicamente no crescimento da Instituição Flamengo. O clube que tem a maior torcida do país merece uma administração séria e que passe credibilidade à toda a sociedade. Ao que parece, tal conduta parece estar sendo visualizada e esboçada no papel. Resta então colocá-la em prática.

Por Rudney Guimarães





Brasil 1 x 0 na África do Sul. Resultado difícil e uma vaga para a disputa de mais um título. Foi uma vitória suada, muito importante. Tão comemorado quanto a vitória deve ser o aprendizado que o Brasil teve neste jogo e que infelizmente não foi percebido durante a partida.

Já foi muito dito e percebido durante os jogos que o Brasil tem um ótimo contra-ataque, principalmente explorado pela velocidade de Ramires, Kaká e Robinho. Isso quando se joga contra um time que também busca o ataque, coisa que não aconteceu contra a seleção sul-africana. A Seleção Brasileira encontrou enorme dificuldade em passar pela defesa adversária, e não houve a tal leitura de jogo por parte do técnico Dunga para que medidas fossem tomadas durante a partida. E a vitória veio graças a excelente cobrança de falta do lateral Daniel Alves, já que o Brasil havia criado poucas chances claras de gol.

O ensinamento adquirido neste jogo foi de que a Seleção ainda precisa aprender a jogar contra equipes que jogam fechadas. Ficou claro que faltou a presença de mais um jogador habilidoso no meio, pra tentar uma jogada individual, mais aguda, e com isso criar os espaços necessários para se chegar ao gol adversário. Outro ponto negativo foi as poucas subidas dos laterais. Maicon não rendeu o esperado, até pela falta de um auxilio no lado direito, já que Ramires pouco se apresentou por aquele lado e Robinho e Kaká caiam mais pela esquerda. E André Santos não conseguia dar o apoio esperado.

O alerta surgiu em tempo. Dificuldades maiores virão por ai. Já é hora de se pensar em outras opções táticas, para que o time não seja surpreendido. Esse é um dos grandes desafios para a Seleção, que nosso treinador consiga perceber taticamente os jogos e possa mudar o time no decorrer das partidas. Basta lembrar do jogo contra a França, pelas quartas-de-final na Copa da Alemanha, onde o Brasil foi completamente anulado pelos franceses, que venceram o time brasileiro, dando uma aula tática.

Essa questão da leitura de jogo que o técnico Dunga precisa ter é importante para se evitar surpresas desagradáveis. Não foram poucas às vezes na história em que o Brasil vinha ganhando fácil suas partidas, mas, por uma formação tática deficiente ou mesmo a falta de uma percepção de jogo de seu treinador, acabou sendo eliminado. Portanto, a percepção tática, antes e durante o jogo, é de extrema importância para que surpresas ou eliminações sejam mais difíceis de acontecer. Considerar este fator não menos importante que a técnica e valores individuais é indispensável para um técnico e time vencedor.

Por Danniel Olímpio

quinta-feira, 18 de junho de 2009


Desde o início da era Dunga, torcedores e imprensa esperam por atuações convincentes da Seleção Brasileira. Ou mesmo que apresentasse um certo padrão de jogo. Foi dado crédito ao treinador, apesar da desconfiança inicial. Mas, no decorrer dos jogos, o que se viu foi uma Seleção desordenada, com poucos momentos bons, conseguidos através de jogadas individuais. Apesar das dificuldades, a trancos e barrancos, o Brasil ganhou a Copa América com ótima atuação diante da Argentina na final. A euforia terminou quando o time não teve a mesma atitude nas Olimpíadas, perdendo de forma vergonhosa para o rival argentino. E seguiu-se a vida com a seleção fazendo alguns jogos burocráticos.

A situação começou a melhorar para o técnico brasileiro quando algumas boas vitórias em amistosos foram conseguidas, diante de Portugal e Itália, por exemplo. Mas fora essas vitórias, e deixando de lado a competência ou não do treinador, é necessário dizer que, pela primeira vez, o Brasil começa a dar alguns sinais de evolução. E em alguns pontos Dunga tem acertado, arrancando alguns tímidos elogios da crítica, que ainda o vê com desconfiança.

Um dos principais pontos observados no time foi a entrada no volante Felipe Melo, que vem atuando com admirável personalidade, como se vestisse a camisa verde e amarela a muito tempo. Ele tem sido peça fundamental, tanto para dar tranqüilidade à defesa, como para a transição entre defesa e ataque. Fora essa grata surpresa, outros pontos importantes podem ser observados, como o novo papel que o meia Kaká tem desempenhado no time. Muito mais que um ótimo meio campo, ele tem se mostrado um líder dentro do grupo, conduzindo as ações e dando mais animo aos jogadores, que têm correspondido com muito mais aplicação e vontade dentro de campo.

Individualmente podemos observar que quase todos os jogadores sabem bem o seu papel em campo, e isso tem refletido num melhor toque de bola, numa segurança maior, tanto na defesa, como na criação de jogadas. E apesar de ter tido um jogo regular contra o Egito – talvez até em função do cansaço de alguns jogadores - o time se redimiu contra os Estados Unidos, vencendo-o de 3 x 0. A partida mostrou outras boas impressões, como a ótima atuação do lateral Maicon, respondendo à altura o bom momento vivido por Daniel Alves. Foi louvável, também, a boa partida de Ramires, que deu um dinamismo maior ao meio, já que se movimenta bastante, se apresenta como elemento surpresa no ataque, além de voltar rápido pra marcar. Mostrou que pode, sim, ganhar a vaga de Elano.

Por fim, foi elogiável a forma como o volante Gilberto Silva jogou. Muito mais ousado, chegando como elemento surpresa, hora aparecendo na linha de fundo, hora fazendo jogadas agudas no meio, com uma objetividade que pouco se via em partidas anteriores. Parece estar mais confiante e tendo a consciência de que pode render o seu melhor futebol, se repetir o mesmo desempenho que teve contra os norte-americanos.

Essas importantes melhorias individuais refletiram no conjunto do time, que tocou bem a bola, sem se precipitar, além de ter feito ótimas triangulações, mostrando que possuem um conjunto muito mais forte que em anos anteriores. Essa formula com 3 volantes, adotada em grande parte das equipes pelo mundo, parece, enfim, tomar contornos positivos na Seleção. E um fator fundamental para o sucesso dessa forma de jogar tem sido a versatilidade dos nossos volantes, que estão mais agressivos na marcação, se revezando nas subidas ao ataque, além de aliar boa técnica com uma marcação eficiente.

Claro que é cedo pra afirmar se essa formula dará certo. Ainda é preciso muito chão pra dizer até que ponto essa evolução tem influência do treinador Dunga. Mas o certo é que algumas atitudes dele têm contribuído para a melhoria do time e algumas de suas ações começam a demonstrar que houve alguma evolução e que ele pode vir a ser respeitado e admirado como um treinador vitorioso.


Por Danniel Olímpio

quinta-feira, 11 de junho de 2009


Desde a Copa do mundo de 2002 que a Seleção Brasileira de Futebol procura jogadores capazes de ocupar as posições deixadas por Cafu e Roberto Carlos. De lá pra cá, diversos jogadores foram convocados para as posições nas laterais - direita e esquerda. Porém, nenhum deles conseguia se firmar. Simplesmente não convenciam, não transmitiam confiança, tampouco demonstraram capacidade técnica para ocupar essas posições carentes.

Agora, na era Dunga, o problema parece ter sido resolvido. Dunga diz ter bons laterais, os quais estão deixando uma boa impressão ao defender a Seleção. Nas últimas convocações, Kléber (Internacional) e Marcelo (Real Madrid), Daniel Alves (Barcelona) e Maicon (inter de Milão) foram os escolhidos, e acabaram passando por um revezamento nos jogos da Seleção.

Ao que parece, Kléber e Daniel Alves acabaram convencendo o treinador da Seleção. Na minha opinião, a escolha pelo lateral direito (Daniel Alves) foi acertada. O jogador além de ter tido uma excelente temporada no Barcelona, conquistando a Copa do Campeões e o Campeonato Espanhol, vem mostrando muita dedicação ao defender a Seleção Brasileira. Observando os últimos jogos do Brasil, contra Uruguai e Paraguai, foi perceptível o bom desempenho do jogador. Com velocidade, força e garra, Daniel Alves deixou boas impressões, e pode carimbar seu passaporte pra Copa do Mundo de 2010. Basta manter a regularidade nas suas atuações na Copa das Confederações e no restante das eliminatórias. Só depende dele.

Por outro lado, a lateral esquerda (ao meu ver) não vem tendo o mesmo desempenho da direita. Kléber não me agrada. É extremamente lento, parece inoperante em campo, e não mostra muito além de 'receber e devolver' a bola. Não é agressivo como o Daniel Alves, raramente vai à linha de fundo. Entretanto ainda não comprometeu quando teve que ajudar na defesa. Mas não passa de um jogador discreto em campo. Acho que o Marcelo faria melhor o trabalho na lateral esquerda. Embora ele não tenha sido relcionado na última convocação.

Dunga parece apostar em Kléber e Daniel Alves, acabando assim com a busca pelas vagas das laterais que até então parecia ser uma coisa muito difícil. Sabe-se que bons laterais não se encontram com facilidade, ainda mais bons laterais a nível de Seleção. O fato é que a manutenção dos jogadores supracitados pode dar a eles uma adaptação, um ritmo de Seleção que pode auxiliá-los, pois com a sequência de convocações, a confiança tende a ajudar nas exibições dentro de campo. Vamos acompanhar.

Rudney Guimarães