sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Enfim, de volta.


Saiu hoje pela manhã a convocação da Seleção Brasileira pro amistoso do dia 17 de novembro, contra a eterna rival Argentina. E em meio aos jovens da renovação feita por Mano, um velho conhecido da camisa canarinha está de volta, Ronaldinho Gaúcho.

Alguns comentaristas já se manifestaram dizendo que a convocação de Ronaldinho foi pura jogada de marketing político. Afinal, um amistoso em Doha, no Qatar, contra a Argentina, seria bem mais atrativo a cada grande jogador presente. E em relação à popularidade, Ronaldinho dispensa comentários.

Na entrevista coletiva, Mano relatou que Ronaldinho foi chamado porque pode ser útil. Pensou nele como um jogador de meio, de armação de jogadas, de criatividade. Sabe-se que na Seleção Ronaldinho não costuma ter as mesmas atuações que tem nos clubes, salvo algumas exceções. Porém, a vontade de voltar a jogar pelo Brasil é por si só um grande estímulo para que Ronaldinho faça boas apresentações.

É óbvio que Mano terá que encaixá-lo bem na equipe. Ronaldinho rende muito mais quando escalado na posição certa, a que ele mais se sente à vontade, jogando com liberdade. Mas, o próprio jogador terá que ser mais objetivo do que vinha sendo ultimamente (pela Seleção). O espetáculo faz parte, mas é consequência do jogo, da técnica e habilidade que ele possui, mas jamais será prioridade. Se ele pensar dessa forma, voltará a ter prestígio.

Mas será que Ronaldinho terá condições de se manter na Seleção até 2014? Será que Mano o chamou por uma necessidade momentânea, pelo bom futebol apresentando atualmente no Milan, ou por acreditar que o jogador poderá voltar a ser um grande nome, importante pra Seleção, tão renovada e cheia de jovens?

O fato é que pra torcida, ter Ronaldinho de volta é bom para os olhos, pois trata-se de um ídolo. Mas, para se manter nos planos de Mano Menezes e para voltar a deslumbrar os olhos do torcedor, Ronaldinho Gaúcho terá que ser muito mais que "um rostinho bonito".

Por Rudney Guimarães

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Um empate pra muitas análises


O clássico das maiores torcidas terminou empatado. Flamengo e Corinthians, vivendo momentos diferentes no campeonato, fizeram um jogo que em diversos momentos deixaram claro a posição das equipes na tabela.

A diferença entre os dois times se viu no padrão de jogo de ontem. O Corinthians fez um bom primeiro tempo, dominando o jogo, marcando bem o time adversário e sendo objetivo quando esteve perto do gol. E aí Ronaldo não perdoou.

O Flamengo mais uma vez justificou a sua posição na tabela. A ousadia de Luxemburgo de apostar em 3 atacantes pra segurar o Corinthians no seu próprio campo poderia ter dado certo. Mas o que se viu no primeiro tempo foi um Flamengo com muitos passes errados - como sempre vem sendo - e falta de criatividade.

E, mais uma vez, o time carioca saiu atrás no placar. Aí o time tem que correr em dobro pra reverter o resultado. O empate dos males foi o menor, mas vontade, ímpeto e atitude de vencedor desde o início da partida poderiam premiar o time com uma vitória.

Já o Corinthians, abdicou do ataque no segundo tempo. Optou em marcar o Flamengo, quando na verdade poderia ser mais agressivo. Tite errou ao recuar o time trocando Bruno Cesar por Paulinho. Um pouco mais de ousadia e o time poderia voltar pra São Paulo com os três pontos.

O Flamengo vem melhorando, é verdade. Mas Luxemburgo ainda tem muito o que fazer. O time possui elenco pra fazer um bom restante de campeonato, mas a irregularidade apresentada durante o brasileirão acaba por deixar o time na atual situação, deveras incômoda.

Surpreendeu um pouco a atitude do Corinthians de explorar os contra-ataques. Mas no primeiro tempo a estratégia deu certo. Mas a partir da melhora do Flamengo no segundo tempo, o time apenas se defendeu, fora uma bola na trave cobrada por Bruno Cesar.

E o Flamengo mostra que quando se joga com vontade, demonstrando a raça que é típida do time e a exigência máxima da torcida, se pode vencer, seja qual for o adversário. O Flamengo em muitos jogos peca por errar demais, ajudando o adversário. Em outras palavras, facilitando o trabalho que os outros times têm pra fazer para vencê-lo.

Por Rudney Guimarães

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Prêmio Bola de Ouro já tem data marcada

Saiu a lista de indicados para o prêmio de melhor jogador do mundo da última temporada (Bola de Ouro da FIFA). Julio César, Maicon e Daniel Alves são os brasileiros que fazem parte da lista. Uma lista que, como em todo ano de mundial, toma como base a Copa do Mundo, com predominância de espanhóis e alemães. No geral, houve coerência, apesar forçada de barra na indicação de Asamoah Gyan, de Gana e da ausência do zagueiro brasileiro Lúcio, que fez grande temporada.

Pode ser que o primeiro lugar seja dado a algum campeão mundial, ou Villa ou Iniesta, mas, ainda assim, Lionel Messi esteve bem a frente dos demais durante toda a temporada. Inclusive na copa, não esteve mal como muitos disseram. Não jogou tudo que pode render, óbvio, mas teve bons momentos, apesar da Argentina não ter ido mais à frente. Pena o polvo Paul não estar mais vivo. Será que acertaria essa?

O evento também premiará ainda a melhor jogadora, sendo Marta a única brasileira indicada, o melhor técnico e elegerá os melhores jogadores em cada posição.

O vencedor será conhecido no dia 10 de janeiro de 2011 em Zurique, na Suíça. Este ano os prêmios da Revista France Football e do Bola de Ouro da Fifa terão o mesmo vencedor.

Veja a lista completa:

Jogadores

Xabi Alonso (Espanha), Daniel Alves (Brasil), Iker Casillas (Espanha), Cristiano Ronaldo (Portugal), Didier Drogba (Costa do Marfim), Samuel Eto'o (Camarões), Cesc Fábregas (Espanha), Diego Forlán (Uruguai), Asamoah Gyan (Gana), Andrés Iniesta (Espanha), Julio César (Brasil), Miroslav Klose (Alemanha), Philipp Lahm (Alemanha), Maicon (Brasil), Lionel Messi (Argentina), Thomas Müller (Alemanha), Mesut Özil (Alemanha), Carles Puyol (Espanha), Arjen Robben (Holanda), Bastian Schweinsteiger (Alemanha), Wesley Sneijder (Holanda), David Villa (Espanha) e Xavi (Espanha).

Jogadoras

Camille Abily (França), Fatmire Bajramaj (Alemanha), So Yun Ji (Coreia do Sul), Marta (Brasil), Birgit Prinz (Alemanha), Caroline Seger (Suécia), Christine Sinclair (Canadá), Kelly Smith (Inglaterra), Hope Solo (Estados Unidos) e Abby Wambach (Estados Unidos).

Técnicos do futebol masculino

Carlo Ancelotti (italiano, Chelsea), Vicente del Bosque (espanhol, seleção da Espanha), Alex Ferguson (escocês, Manchester United), Pep Guardiola (espanhol, Barcelona), Joachim Löw (alemão, seleção da Alemanha), José Mourinho (português, Internazionale e Real Madrid), Oscar Tabárez (uruguaio, seleção do Uruguai), Louis Van Gaal (holandês, Bayern), Bert Van Marwijk (holandês, seleção da Holanda) e Arsène Wenger (francês, Arsenal).

Técnicos do futebol feminino

Bruno Bini (francês, seleção da França), In Cheul Choi (sul-coreano, seleção sub-20 da Coreia do Sul), Maren Meinert (alemã, seleção sub-20 da Alemanha), Albertin Montoya (americano, Gold Pride), Silvia Neid (alemã, seleção da Alemanha), Hope Powell (inglesa, seleção da Inglaterra), Norio Sasaki (japonês, seleção do Japão), Bernd Schröder (alemão, Turbine Potsdam), Pia Sundhage (sueca, seleção dos Estados Unidos) e Béatrice von Siebenthal (suíça, seleção da Suíça).

Por Danniel Olímpio

domingo, 24 de outubro de 2010

Bela vitória do Galo no clássico mineiro

(foto: globoesporte.com)


Ótimo duelo entre os maiores de minas. Cruzeiro e Atlético fizeram talvez o melhor jogo da rodada, num total de 7 gols, que acabou com vitória atleticana por 4 a 3.

Como já foi dito no último texto, os bons jogadores em campo e a necessidade de vitória de ambas equipes credenciavam o jogo como um dos melhores entre os dois nos últimos anos. A chuva não chegou a atrapalhar os jogadores, que fizeram uma partida muito disputada, do início ao fim.

O grande mérito do Atlético foi imprimir uma forte marcação no primeiro tempo e sair rápido nos contra-ataques, o que foi decisivo na maioria dos gols do time. Além disso, conseguiu envolver a marcação cruzeirense com um bom toque de bola. Só após os 30 primeiros minutos do 1º tempo é que o Cruzeiro equilibrou o jogo, com a entrada de Gilberto no lugar de Diego Renan, que acabou marcando um belo gol, diminuindo o placar para 3 a 1.

O que se viu no segundo tempo foi um Cruzeiro muito agressivo, acuando a defesa alvinegra. Dorival Júnior percebeu as dificuldades defensivas do Atlético, colocando o volante Alê, no lugar de Renan Oliveira. A mexida de nada adiantou e o Cruzeiro continuou criando e desperdiçando chances. Mas a inspiração no dia de hoje não era apenas do atacante Obina, que marcou 3 gols, era de todo o Atlético, que acabou marcando o 4º gol, com o zagueiro Rever, que fez grande partida.

O Cruzeiro se abateu um pouco com o 4º gol atleticano, mas minutos depois voltou a partir pra cima. Após tanto insistir conseguiu fazer mais 2 gols, e continuou buscando o empate até o fim da partida. Mas o Atlético resistiu e assegurou a importante vitória por 4 a 3 diante do seu maior rival.

O jogo mostrou bem o trabalho dos dois treinadores em momentos diferentes da partida. No início, ficou claro uma característica do técnico atleticano, que já utilizava no Santos. A de uma forte marcação e ataques rápidos. Já o técnico Cuca, promovendo a entrada de Gilberto, fez com que o Cruzeiro retornasse a característica que acompanhou o time celeste durante todo o campeonato, a de funcionar muito bem pelos dois lados do campo, utilizando bem seus 3 volantes que distribuem o jogo de forma rápida e eficiente.

Apesar da derrota, o Cruzeiro ainda segue firme pelo título. Foi derrotado por um Atlético em dia inspirado, que pela qualidade dos seus jogadores não era para estar na situação em que se encontra. Diante do que apresentou as duas equipes neste super jogo, podemos dizer que ambas seguem com boas chances de conseguir alcançar seus objetivos. O de ser campeão brasileiro, pelo lado do Cruzeiro, e permanecer na 1ª divisão, pelo lado do Atlético.

Por Danniel Olímpio

O clássico das reclamações


Vasco e Flamengo fizeram hoje mais um clássico. Um empate acabou sendo justo, mas não o resultado esperado - e necessário - pra nenhum dos dois.

Assim que o jogo começou, o Vasco tomou iniciativa e ficou com maior posse de bola. O time impôs uma marcação adiantada, forçando o adversário a perder a posse de bola. Na frente Eder Luís e Zé Roberto davam boa velocidade na subida ao ataque.

Já o Flamengo estava sem toque de bola, com ataque inoperante, salvo algumas jogadas com Diego Maurício, que, de longe, é o melhor ataque no atual momento do time.

Quando o Flamengo começou a equilibrar o jogo, o Vasco abriu o placar, num lance de azar da zaga rubronegra. Mas o Vasco era mais perigoso ofensivamente. Logo, o gol não foi surpresa.
No segundo tempo o Fla voltou mais disposto e conseguiu o empate, quando já estava com um jogador a mais. Aliás, a expulsão do jogador do Vasco (Dedé) foi bastante reclamada pelos vascaínos. Sem razão. A expulsão foi justa.

Pra quem acompanha jogos do Flamengo neste campeonato, foi perceptível neste jogo, erros frequentes do time durade a competição. Passes errados, marcação ruim, falta de objetividade, e mais uma vez tomando o gol antes de fazer. Então teve que correr atrás do placar, novamente.

O Vasco poderia ter atacado mais após abrir o placar. E na segunda etapa, com um a menos boa parte do tempo, o time jogou defensivamente, não conseguindo nem explorar os contra-ataques.

O Flamengo conseguiu o empate, mas poderia ter virado a partida. O time acabou sendo prejudicado pelas paralizações ocorridas na partida, o que acabou quebrando o ritmo do time na busca de pressionar o adversário.

Foi um clássico tenso, disputado, repleto de reclamações e cartões. Mas tecnicamente deixou um pouco a desejar. Poderia ter tido mais gols e lances perigosos.

A irregularidade do Flamengo é notória. E a impressão que se tem é que o time adversário não precisa se esforçar muito pra fazer gols e/ou ganhar do rubronegro. Isso porque o Flamengo proporciona ao time adversário a oportunidade de dominar a partida e crescer no jogo.

O Flamengo tem seus méritos negativos. Erra muitos passes, é lento na saída de bola, e hoje, explorou pouco o lado direito com Léo Moura. E não acionou muito Diego Maurício. Ele proporcionou as melhores jogadas do time.

E o empate acabou sendo "aceitável" pelo Vasco, devido às circunstâncias do jogo. Apesar da expulsão de um jogador, o time vascaíno não continuou forçando o ataque. E o empate acabou sendo um placar previsível à partir do segundo tempo.

Na quarta-feira o Flamengo encara o Corinthians no Engenhão. Já o Vasco visita o Vitória no Barradão.

Por Rudney Guimarães

sábado, 23 de outubro de 2010

Cruzeiro x Atlético-MG - Antes do clássico

Possivelmente o torcedor irá ter, neste domingo, um dos maiores jogos entre estas duas equipes nos últimos anos. Tanto pela situação antagônica entre os dois, onde um briga para se manter na ponta e outro contra o rebaixamento, mas também pela quantidade de bons jogadores em campo.

A qualidade ofensiva de jogadores como Gilberto, Montillo e Thiago Ribeiro pelo lado do Cruzeiro e Diego Souza, Obina e Tardelli pelo Atlético, credencia este clássico como um dos grandes clássicos do futebol nacional.

Cruzeiro x Atlético sempre foi um jogo muito brigado, disputado. A magia principal era a rivalidade e essa disputa, que por muitas vezes terminava em uma confusãozinha ou outra. Apesar destes ingredientes permanecerem, o elemento da técnica apurada dos jogadores que entrarão em campo deve ser destacado, pois, diferente de outros anos, neste confronto o Atlético terá jogadores que desequilibram, e não apenas um ou outro como em outras ocasiões. E o Cruzeiro mantém sua tradição de formar grandes equipes, que além de bons jogadores, possui ótimo conjunto.

Óbvio que quando se fala em jogadores como Diego Souza, Obina e Tardelli, deve se destacar o trabalho do técnico Dorival Júnior, outro grande personagem do jogo, que vem fazendo ótimo trabalho de recuperação, fazendo com que estes jogadores voltem a render o esperado.

Apesar disso, ainda não podemos falar que o clássico será equilibrado. Pelo simples fato que o Atlético ainda é um time em transição, está em uma situação complicada na tabela e o Cruzeiro é o time mais organizado deste campeonato, com o maior equilíbrio entre defesa e ataque e ainda terá só seus torcedores no Parque do Sabiá, em Uberlândia - acordo feito entre os dois times, para evitar confronto entre as torcidas (clássico do 1º turno foi só com torcedores altleticanos).

Claro que o Atlético poderá surpreender, se não nos esquecermos da certíssima máxima de que “o futebol é uma caixinha de surpresas”. A questão de um favoritismo para o Cruzeiro talvez não caiba tanto, pela maior organização dada pelo treinador atleticano, principalmente na defesa, e também pela experiência dos homens de frente do Galo, acostumados a conquistas e a grandes jogos.

Portanto, o que se pode dizer é que o Cruzeiro leva a vantagem de ter um time mais organizado, em melhor situação na tabela e por ter toda a torcida a seu favor. Mas, pela quantidade de jogadores que desequilibram de ambos os lados, a questão do favoritismo fica pra próxima.

Por Danniel Olímpio