Seria oportunismo barato dizer que o Cruzeiro é um time infinitamente superior ao Atlético e por isso levou o título. Isso porque até antes da goleada sofrida o Galo tinha a melhor campanha do campeonato. Nesse caso podemos dizer que, basicamente, dois fatores pesaram nessa decisão. O 1º foi o fato de o Atlético ter um grupo mais fraco que o rival, e que não teve peças para substituir dois dos seus principais jogadores, o meia Renan Oliveira e o atacante Eder Luís. Em 2º lugar fica claro que houve uma vitória particular de Adílson Batista em cima do técnico Leão. O técnico alvinegro teve o grave erro de entrar com o time acuado na primeira partida, mudando a característica ofensiva que o time havia adquirido ao longo do campeonato. Já o técnico cruzeirense, teve ótima participação no 1º jogo do clássico quando colocou o jogador soares, o que deu mais movimentação ao ataque e acabou sendo decisivo na construção das jogadas que originaram nos gols.
Pelos erros no clássico ou não Leão foi demitido após a perda do título. Ele dá lugar a Celso Roth, que tem a difícil missão de comandar um Atlético abalado, e com uma torcida cansada dos resultados ruins dos últimos anos. Já pelo lado do treinador cruzeirense, o título só vem ratificar sua boa carreira e deixá-lo com um pouco mais de moral diante de dois ferrenhos críticos, torcida e imprensa. Resta saber até quando durará a paz do treinador celeste, dada a imprevisibilidade da torcida e imprensa mineira.
O fim do Campeonato Mineiro deixa muito mais perguntas e dúvidas pelo lado do Atlético. Qual será o futuro desse grupo? Como será o trabalho do técnico Celso Roth, que já passou pelo Galo e não teve sucesso? O que será necessário para que o clube volte a viver dias de glória? Até quando irá a paciência da torcida com a nova diretoria do Galo? É esperar para ver o comportamento desse grupo e da diretoria ao longo do brasileirão e observar que Atlético veremos. O Galo, clube grande, ou um time que precisa se reconstruir para voltar ao seleto grupo dos ditos grandes do Brasil.
Por Danniel Olímpio
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