sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Alguns críticos podem dizer o contrário, mas o fato é que este ano o Campeonato Brasileiro está sendo de uma competitividade tamanha que podemos considera-lo como o mais competitivo dentro todos os campeonatos nacionais disputados ao redor do mundo.

Voltando alguns anos atrás nos lembramos de jogos em que equipes da ponta da tabela ganhavam facilmente seus jogos contra os últimos colocados. Era um tempo em que a palavra favoritismo estava muito mais em uso do que hoje em dia. Então, o que dizer nos tempos atuais, em que o Fluminense, antes considerado sem chances de permanecer na 1ª divisão pelos sabichões da imprensa esportiva brasileira, e que hoje vem desbancando os times de cima? O que dizer de um Sport dando muito trabalho ao Palmeiras e arrancando um empate em pleno Estádio Palestra Itália nesta última quarta?

Estes exemplos são os mais recentes de um campeonato com equipes extremamente competitivas, como a do Barueri, uma grata surpresa que apresentou ao Brasil bons jogadores e provou, mais uma vez, que uma boa estrutura pode sim contribuir para se montar times fortes, mesmo sem tradição no futebol.

O bom campeonato deste ano comprovou o que a maioria da imprensa (inclusive este blog), esperava deste ano, quando jogadores importantes retornaram do exterior para o Brasil, e os bons atletas do país permaneceram em suas equipes. São raras as épocas em que país vê isso acontecer, já que é grande a dificuldade dos clubes brasileiros manterem seus jogadores, diante do assédio dos dirigentes europeus.

É impressionante notar que times que brigam para fugir do rebaixamento possuem bons jogadores, como Marcelinho Paraíba e Marcos Aurélio, no Coritiba, Alex Mineiro e Marcinho no Atlético Paranaense e Fred do Fluminense, por exemplo. A força dos times, seja na briga pela ponta, ou na luta contra o rebaixamento, tem proporcionado um “perde e ganha” que vem dando muito mais emoção e expectativa ao torcedor. E, claro, isso trás uma indefinição muito maior do quem tempos anteriores de quem será o campeão, quem estará no G4 ou quais times serão rebaixados.

Se houver melhorias na gestão e estrutura dos clubes a tendência é a de que a força dos times permanecerá nos próximos anos. E a consequência disso é que teremos campeonatos cada vez mais competitivos e com surpresas, não pelo acaso, mas por competência. Cada vez mais a tradição será ameaçada por times pequenos, mas que montam bons times. Essa questão promove questionamentos a respeito dos ultrapassados modelos de gestão de alguns times “grandes” e dá cada vez mais ênfase à organização dos clubes emergentes. Mas é outra história, discutida em outra hora.

Por Danniel Olímpio

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